Saint-Denis, a nossa 'terrinha', tem monumentos com a mesma dimensão e importância que os de Paris. A Basílica e o Stade de France são os grandes símbolos de Saint-Denis, e fazia todo o sentido visitá-los. A Basílica seria fácil, mas e o estádio?... Bem, certo dia reparámos que a câmara municipal de Saint-Denis andava a vender bilhetes com desconto para um jogo de qualificação da França para o Mundial de Futebol: France x Autriche!
Dia 14 de Outubro lá fomos misturar-nos no meio dos franceses e dos austríacos que rodeavam o Stade de France.
O Stade de France foi construído com o propósito do Mundial '98 (mais um que Portugal não participou, por motivos duvidosos...). A ideia era ser o principal estádio do país com os seus 80 000 lugares, e recebeu por isso a final da competição (lembram-se do 3-0 da França ao Brazil?). Além de ser um enorme estádio, tem também a inovação de se poder remover um dos anéis das bancadas, que escondem uma pista, usada por exemplo nos mundial de atletismo. Apesar de tudo, nenhum dos clubes parisienses se quiseram mudar para este estádio, "Ah fica fora da cidade!" disseram eles...
Hoje não é um 'elefante branco' como o estádio de Aveiro por exemplo, mas é um 'elefante cinzento-claro', pois vai recebendo com alguma frequência jogos de Rugby.
O exterior do estádio tem o defeito estético, muito comum nos grandes estádios menos recentes, de deixar a nu toda a estrutura (como o estádio da Luz, por exemplo... Já o Camp Nou será renovado, e 'vestido' com uma espectacular cobertura da autoria de Norman Foster... Hoje o Allianz Arena, e o Dragão são os melhores exemplos de como os estádios devem estar bem inseridos na paisagem). O que é uma pena, mas não deixa de combinar com a zona industrial envolvente...
Eu e a Vânia chegamos bem cedo ao estádio (enganados mais uma vez pelo fuso horário), e fui fazendo de conta que era adepto dos franceses (apesar de estar a torcer obviamente pela Áustria, até porque tenho uma tia de lá).
Enquanto não se dava o pontapé de saída, desci do último anel, e fui passear pelo recinto, onde inúmeras barraquinhas distraíam os adeptos. É então que vejo uma barraca a publicitar o novo PES 2010, com torneios a pares. Convidado por uma das assistentes, lá estive eu na fila à espera da minha vez. Depois dum jogo muito renhido entre dois orientais, entro eu em competição. Apesar de ter ido a penalties, mereci a vitória. Prémio: uma toalha de praia da Konami, não foi mau...
Quando voltei, o estádio já estava bem cheio. Havia uma equipa que tínhamos obrigação de torcer, a equipa de arbitragem, liderada pelo tuga Pedro Proença. Mas portou-se mal ao marcar um penalty duvidoso a favor dos franceses, convertido pelo Henry.
No fim a França ganhou por 3-1... Bah (o que me controlei durante o jogo para não mostrar o apoio aos austríacos)...
Nota para a dupla invasão de campo de adeptos franceses. Não deixou de ser engraçado, porque os stewards apanharam o primeiro invasor, e bazaram. O segundo invasor aproveitou a situação, e ainda ficou à espera no meio do campo que o viessem buscar...