
Chegados ao pequeníssimo aeroporto de Beauvais, apressei-me a ir buscar as malas, e não houve outra solução senão tentar abrir a minha mala com as chaves dos outros aluquetes, e por acaso deu, menos um problema...
Beauvais é uma vilazita, ou nem isso...Saímos, e só víamos árvores e uma escuridão infindável, à nossa espera já estava a 'carreira', pronta para fazer o seu serviço único e habitual: levar os poucos passageiros de cada voo da Ryanair até Paris. Dissemos as nossas primeiras palavras úteis em francês, entrámos, e o aeroporto ficou vazio!

À medida que as àrvores iam sendo substítuidas por casas, depois prédios, e depois um amaranhado de estradas, ficávamos mais despertos. O bairro de arranha-céus de La Defénse já se notava, a luz nocturna do topo da Torre Eiffel já punha a Vânia aos saltos (ela não quis adormecer durante a viagem com medo de perder o momento!), e também já gabávamos os nossos companheiros de viagem, pois já tinham um mapa detalhado de Paris, e nós não...
A última vez que vim a Paris era um chavalo, a Vânia nunca tinha vindo, e a emoção era grande...Mas por outro lado, a preocupação de alojamento, principalmente dessa noite, assombrava a curiosidade de estar numa cidade de proporções turísticas enormes!
Chegámos a Paris, finalmente! A cidade é limitada por uma auto-estrada chamada de Boulevard Peripherique (a equivalente à nossa Circunvalação no Porto), e as entradas fazem-se pelos 'portes', normalmente locais de grande importância comercial, com muitas gares de camionetes, hóteis, centros comerciais, etc...E foi em Porte Maillot, localizado a Noroeste, entre o Bosque de Bolonha (já agora, o 'Parque da Cidade' de Paris), e o Palácio de Congressos de onde sobressai o alto Hotel Concorde Lafayette, que fomos deixados à aventura, de procurar um sítio para ficar 5 meses, um sítio para ficar aquela noite, e não conhecer nada de nada em Paris...Felizmente, alguém deixou um dos mapas nos acentos da camionete, e agarramo-lo com unhas e dentes!

Que fazer às 23h30, numa quinta-feira, num local sem posto de informações, sem ninguém que nos pudesse ajudar (a não ser turistas a entrar apressadamente nos táxis), e com malas de 20 quilos?! Olhar para o mapa obviamente...