14 de Novembro de 2009

A minha paixão por arranha-céus fez-me 'colar' no google antes da viagem, para admirar fotos do maior centro financeiro moderno da Europa, o bairro de La Défense... Então, num certo dia em que fomos ao IFU tratar de assuntos, reparámos que a linha RER que serve Noisy-Champs é exactamente a mesma que serve La Défense no outro lado de Paris. Há que aproveitar o bilhete, e matar a curiosidade!

 

 

 

     

 

A paragem RER fica mesmo junto ao Grande Arche. Ao sair da enorme estação subterrânea, é impossível ficar indiferente a este edifício de grandes proporções. Existem duas razões que fazem dele um monumento significativo:

 

1º A localização - é o monumento que fica no 'fim' do Axe Historique, eixo este que já possuía dois Arcos (o Arco du Carrousel, e o Arco do Triunfo), e em 1989 ganha outro, por iniciativa de quem? François Mitterand, claro está, o presidente mentor do Paris moderno.

A localização na paisagem é fantástica, já que fica também no fim da via principal que divide a meio duas grandes áres de arranha-céus. A vista em qualquer local do Axe Historique é impressionante!

 

2º A arquitectura - o dinamarquês Otto von Spreckelsen projectou um cubo perfeito de 112 metros de aresta, e 'abriu-o', de forma a ficar com apenas três faces (mais o chão). A ideia é imitar os outros Arcos. E este também acaba por estar ligado à guerra. O arco assim como todo o bairro chamam-se La Défense pelo facto desta zona dos subúrbios Oeste de Paris, ser o símbolo da resistência francesa em mais um dos vergonhoso episódios da humanidade, isto é, mais uma guerra qualquer, e que está representado pela escultura que se pode ver em cima. Voltando ao Grande Arche, ele é tao grande, que lá caberia a catedral de Notre-Dame! Além dumas esculturas giras e um elevador panorâmico no 'interior', este monumento contém ainda uma galeira de exposições e um centro de congressos, no interior das 'faces'.

 

 

 

 

 

Depois duma visita rápida ao Grande Arche (para os franceses, é feminino, sabe-se lá porquê), fomos explorando a via central do bairro.

Em 1958, começou-se a planear uma zona empresarial com alguns edifícios de escritórios, que albergassem as multi-nacionais francesas. O edifício 'baixinho' e largo que podemos ver na antepenúltima foto (das de cima), é o mais antigo e alberga a sede do Centro de Indústria e um centro comercial. E na foto anterior podemos ver outro centro comercial, este gigantesco (com um Auchan de três andares!), de forma a servir os 150 000 funcionários do bairro. O resto são grandes edifícios, muitos deles arranha-céus, de vários feitios, constituindo uma paisagem que bate Nova York em beleza (que exagero! eu sei). Actualmente há planos para continuar a extensão do bairro, principalmente em altura.

De notar o bom-gosto e o belo planeamento urbanístico desta área de 80 ha. Quase todas as vias rodoviárias e ferroviárias estão dispostas por baixo das enormes praças, que estão elevadas em relação à cidade de paris. Quem ali passeia sente-se grande!

 

 

 

 

publicado por Nuno às 16:26

Estudantes do Institut Français d'Urbanisme

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