30 de Novembro de 2010

Cerca de 100 milhões de pessoas viajam de avião todos os anos para Paris, e fazem-no através de 3 aeroportos. Se os mais importantes são os aeroportos Charles de Gaulle e Orly, nos últimos anos o pequeníssimo e longínquo aeroporto de Beauvais (a 90 km de Paris) tem aumentado de importância, muito por causa dos voos lowcost que aqui se servem, onde as companhias aéreas pagam muito menos taxas...

Curiosamente a easyjet, que opera no Porto, realiza voos para Paris através do aeroporto Charles de Gaulle, muito mais perto da cidade, e servido de rede de comboios urbanos.

 

 

 

 

Aqui ficam as formas de chegar a Paris através destes 3 aeroportos:

 

- Charles de Gaulle

A linha de comboios RER B tem duas paragens em 2 dos 3 terminais deste aeroporto (zona 5), e passa 4 vezes por hora...

Uma linha de TGV no 2º terminal

Existem imensas linhas de autocarro, com paragens pelos terminais 1 e 2, e alguns autocarros e camionetes vão directos para o centro de Paris, outros para outros locais também importantes como o Parc Astérix ou Eurodisney.

 

- Orly

Duas linhas de comboio RER ligam a este aeroporto, a RER B (saindo em Antony, e apanhando um autocarro ou o metro automático Orlyval, que circulam pelos terminais), e a RER C.

Existe um autocarro que vai directamente para Paris (OrlyBus até Denfert-Rochereau), e as habituais camionetes que prestam os serviços exclusivos, dos quais uns ligam à Eurodisney por exemplo.

 

- Beauvais

Existe apenas um serviço de camionetes que faz o transfer (com um custo de 14 euros só ida!), indo directamente até Porte Maillot.

Através dum complexo sistema de escalas, é possível ir de comboio também, mas a paragem de Beauvais ainda fica longe do aeroporto.

 

Para mais informações:

http://www.aeroportsdeparis.fr/

publicado por Nuno às 19:29

28 de Novembro de 2010

O Outono em Paris é triste...

Como se de um filme a preto e branco se tratasse... Poderíamos apenas pintar a paisagem despida em tons de sépia...

São poucos os turistas no grandioso Museu do Louvre, se 'poucos' significar menos de um milhão... pode ser que no Inverno eles voltem a ser esse milhão... Já os parisienses também não se atrevem a sair à rua, é como se já não houvesse mais nada para ver, nem a animação, nem o verde dos jardins... Mas os que saem cobrem-se de preto ou cinzento, espalhando melancolia pelas ruas, porquê? pergunto eu, para absorver o pouco calor que brota das fachadas, dizem eles (ou penso eu que dizem)...

 

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Todos esperam pelos tons de branco, para poderem colorir de vermelho e verde!

publicado por Nuno às 23:03

É um vídeo póstumo dum músico que teve uma ligação forte com esta cidade... Jeff já partiu, mas a voz ficou, num álbum ao vivo no Olympia de Paris, e nesta música que Jeff nunca quis que visse a luz do dia (assim o dizem)... Mas ficam então as imagens duma cidade cinzenta e melancólica, que Buckley não gostaria de esquecer...

 

publicado por Nuno às 22:50

27 de Novembro de 2010

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É um templo paradigmático na cidade de Paris, onde o gótico domina... A sua cor branca, e a sua espectacular localização, dão-lhe uma beleza que vai timidamente lutando em importância turística com outros monumentos como a Torre Eiffel.

Se falarmos mais especificamente do grande bairro de Montmartre, este importante templo partilha a fama com... o Moulin Rouge!


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Os turistas invadem Montmartre, sobretudo pela sua importância artística 'menos clássica', o que obriga os directores da basílica a proibirem coisas como tirar fotografias no seu interior, para que não caia numa espécie de ambiente de centro comercial como vai acontecendo na Catedral de Notre-Dame...


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Foi durante a guerra Franco-Prussiana de 1870, que dois empresários católicos, Alexandre Legentil e Hubert Rohault, prometeram a Deus que se a guerra não desse cabo da França, eles construíriam uma igreja dedicada ao sagrado coração de Jesus. Assim aconteceu, e a igreja foi concluída em 40 anos.


 

 

Num concurso com 77 arquitectos, Paul Abadie ganhou o projecto da basílica, mas morreu pouco depois... De estilo romano-bizantino, é o mármore branco que salta à vista, a quilómetros de distância!

Este grande templo guarda muitos tesouros, e diversos símbolos constituem a sua fachada como uma estátua equestre de Joana d'Arc, mas é o colossal mosaico da imagem de Cristo no interior da grande cúpula central que faz valer a pena visitar a basílica por dentro. Por fora, diz-se que se tem as melhores vistas da cidade no topo dessa cúpula (o segundo ponto mais alto de Paris!).

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Por trás da basílica, existe um enorme campanário de 83 metros de altura, que guarda um dos sinos mais pesados do mundo: 18.5 toneladas!

De noite, todo o complexo religiosos se ilumina em tons dourados, dominando a paisagem, a não ser que se esteja na Boulevard de Clichy! (piada fácil, eu sei, eu sei...)


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publicado por Nuno às 18:44

Porquê viajar para Paris?...

Provavelmente a cidade com mais monumentos no Mundo, leva a que as viagens para Paris dominem o espaço aéreo europeu transportando milhares de turistas todos os dias. As companhias lowcost permitem voos baratos de Portugal para os 3 aeroportos da cidade, e a Tap Air Portugal também serve obviamente esta enorme capital, através dos dois aeroportos principais: Charles de Gaulle e Orly.

Nestes posts 'Paris Turístico é Pleonasmo', vou dando informações mais formais relacionadas com turismo: viagens, monumentos, hóteis, restaurantes, serviços básicos, etc...

Podem ser informações úteis :)

publicado por Nuno às 18:04

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Um dos poucos locais para aproveitar as vistas da colina de Montmartre é em frente à Basílica de Sacré Coeur, onde a grande escadaria nos permite ver toda a zona Este da cidade!

publicado por Nuno às 17:16

21 de Novembro de 2010

Montmartre: muito há a contar sobre esta zona tão (mas tão!) carismática, da cidade de Paris...

Local onde é obrigatório passar mais que uma vez, pois cada rua pode conter alguma surpresa...

No 18º arrondissement, um intenso bairro cobre a colina de Montmartre, que culmina numa das mais belas igrejas da cidade, a Basílica de Sacré Coeur. A zona de Montmarte foi palco duma evolução histórica que não lembra o diabo! Mas já lá vamos...

Montmartre é relativamente vasto, e as ruas, principalmente junto à basílica, ainda preservam uma estrutura medieval, que vão ligando a Sul com a intensíssima Boulevard de Clichy ou com a Boulevard de Rochechouart. A Norte, nada apenas do que o aspecto industrial dos subúrbios (nomeadamente Saint-Denis!). Como bons turistas amadores que somos, fizemos o mais prevísivel, sair na estação de metro Anvers, atravessar os quarteirões dedicados à venda de tecidos, até à Place St. Pierre, onde uma grande escadaria nos conduz à Basílica de Sacré Coeur.

Curiosamente, esta zona era-nos familiar, foi exactamente por estes lados que ficamos nas primeiras noites em Paris (na quarta foto está o local escolhido para passarmos aquela que foi provavelmente a noite mais longa das nossas vidas).

 

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Olhar a escadaria da Square Willette, faz-nos lembrar Braga ou Viana do Castelo (o templo de Santa Lúzia foi aliás inspirado em Sacré Coeur), felizmente temos um moderno funicular do lado esquerdo, que funciona com o simples bilhete de metro. Antes de subir, a intensidade da circulação de pessoas já se fazia sentir, mesmo numa altura em que tanto frio se fazia sentir. E claro, com tanto turista a circular, era previsível que um grupo de pessoas se tentassem aproveitar, pegando nos nossos pulsos, fazendo uma bela pulseira em 10 segundos, e pedindo muito dinheiro em troca, sem deixar que as pessoas recusem as pulseiras, é o dia-a-dia junto à entrada no funicular...

À medida que subimos a encosta, a bela paisagem de Paris vai-se formando por cima das grandes árvores que rodeiam a escadaria. Já lá em cima, a vista é espectacular, e na última porção de escadas (o funicular não vai até à base da basílica), um grande número de pessoas tira fotos, descansa e assiste aos espectáculos de rua habituais (o rapaz guineense com a bola de futebol em cima dum muro, é dos mais populares)...

Fica a ideia que Montmartre é talvez a segunda zona mais turística de Paris a seguir à Torre Eiffel, e só estávamos no Outono...


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E agora a história: inicialmente esta colina era um lugar de culto - o nome Montmartre deve-se mesmo ao martírio dos cristãos no ano de 250 -, foi na Idade Média local de peregrinações, e no século XIX, recebe o complexo da Basílica de Sacré Coeur. Talvez pelo facto de no século XII se ter começado a cultivar vinhas nas encostas, a carga religiosa acabou por ser positivamente 'infectada' pela vida boémia associada aos pintores, e hoje, Montmartre é mais falado pelos turistas por ter o Moulin Rouge do que a Basílica de Sacré Coeur!

Na verdade, foi à cerca de 200 anos, quando o bairro passou a estar inscrito na cidade, inúmeros pintores, escritores, e bailarinas invadiram-no, e o bairro que rodeia a Basílica tornou-se um pólo de atracção europeu, onde os artistas se encontravam nos bares, teatros, cabarés e bordéis para discutirem ideias, impondo uma imagem de 'poucas vergonhas' àquela zona tão 'santa'... 


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Depois de uma breve visita ao interior da basílica, fomos caminhando a Oeste, até ao pituresco coração de Montmartre. O sol começava a ir-se, os candeeiros ligavam, e a noite de Montmartre começava a fazer jus à sua reputação? Nem por isso, o frio começava a levar os turistas, e apenas os belos bares se enchiam timidamente, contrastando com as grandes avenidas mais a Sul, onde as sex shops e os bordéis representam a noite de Montmartre todo o ano.

Na mais conhecida praça da zona (e a mais elevada de Paris), a Place du Tertre, inúmeros pintores esperavam que os últimos turistas do dia se atrevessem a comprar as belas telas, com as ruas de Montmartre como tema dominante.

Esta praça, antigo local de execuções, é paragem obrigatória, e as suas esplanadas e fachadas dos cafés são um regalo para os olhos...


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As grandes mas estreitas escadarias que passam por entre os edifícios permitem-nos olhar de vez em quando a paisagem que circunda Montmartre; na primeira foto em baixo, a paisagem industrial de Saint-Denis faz os turistas ficarem indiferentes ao lado Norte do monte, quem diria que esta zona ainda é Paris... Na segunda foto podemos ver o reservatório de água de Montmartre, que se confunde com a arquitectura da basílica.

Olhando para trás, a grande cúpula pontiaguda da basílica ao fundo das ruas estreitas, cria o cenário perfeito para pintores e fotógrafos (a cúpula é o segundo ponto mais alto de Paris a seguir à Torre Eiffel).

 

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Dalí, Van Gogh, Degas, Cézanne, Monet e Renoir, passeavam frequentemente por aqui...

Neste final de dia, o ambiente estava estranhamente calmo mas estava perfeito assim...

E a arte ainda brotava das paredes e da calçada, como uma luz que não se quer apagar...

 

Começando a descer a colina, até às avenidas, a azáfama parisiense volta a dar de si, com os turistas a saltarem de lojas de souvenirs, para os pequenos 'mercados' dos cachorros e crepes... Montmartre acaba aqui...

 

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publicado por Nuno às 23:38

15 de Novembro de 2010

Dia 18 de Novembro de 2009, 2ª mão (esta expressão nunca fez tanto sentido como neste dia) do play-off de qualificação para o Mundial da África do Sul. 

As selecções de Portugal, França e Argélia estavam na 'corda-bamba' mas acabariam por passar.

Portugal: eu e a Vânia lá nos dirigimos ao La Soupe de Minuit para ver o derradeiro jogo, muita gente enchia o pequeno café português, que no fim fez a festa, de forma muuuuito discreta...

França: três palavras - 'Mão de henry', e festa muito discreta também...

Argélia: 24 anos depois da última qualificação para o mundial, aquela que é a maior comunidade de imigrantes em França, fez questão de fazer 'parar' o país, em especial as avenidas de Paris, e o resultado foram centenas de detidos. E nessa noite ningém dormiu, nem em Saint-Denis, onde os argelinos são 'mais que as mães'...

 

 

 

No dia a seguir, encontrava-se escrito, por algumas paredes e muros do nosso vilarejo, as letras que formam 'Portugal'.

No IFU, os nossos colegas preferiam não falar do que se tinha passado no França-Irlanda (jogado precisamente no Stade de France, em pleno Saint-Denis), e os jornais, de forma muito tímida descreviam o jogo em letras muito pequenas...

No fim de tudo era o verde e branco que dominaria durante muitos dias a cidade:

One, Two, Three, Viva l'Algérie! 

 

publicado por Nuno às 16:44

Estudantes do Institut Français d'Urbanisme

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