31 de Janeiro de 2011

Natal em Portugal, Passagem de Ano em Paris...

Mais uma vez, a viagem de regresso foi feita de camionete, mas desta vez, tudo correu bem, a neve já tinha desaparecido, e dia 30 lá chegámos a Saint-Denis. O único problema foi mesmo transportar as malas carregadas de comida que trouxémos de Portugal, desde Gallieni à nossa pequena 'casa'.

Antes que lamentássemos a rapidez com que passaram as duas semanas anteriores, nada como elaborarmos um jantar de Ano Novo à boa maneira portuguesa, com parte dos 10 quilos de bacalhau que trouxémos connosco!

E a seguir, toca a ir para o Champs de Mars, e ver o que a Torre Eiffel nos prepararia para o Réveillon...

 

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Ah o Réveillon, ligar o Telejornal no dia 1 de Janeiro e ver aquelas típicas reportagens de como foi a passagem de ano em vários pontos do globo; o que mais deslumbrava era sempre Paris com a Torre Eiffel a ser a principal estrela naquela noite especial. Às onze da noite daquele dia 31 de Dezembro, lembrava-me muito bem de ver pela televisão aquele fogo de artíficio que era expelido desde a base ao topo da torre, e a contagem descrescente em números gigantes luminosos. Estaria a sonhar? Acho que não... Resta esperar pela confirmação...


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Pelos vistos não éramos os únicos a esperar pelo deslumbrante Réveillon na Torre Eiffel. Tal como nós, milhares de pessoas se amontoavam à entrada da Pont d'Iéna, muitos brazileiros faziam a festa, e nós acompanhávamos conforme o pouco espaço vazio nos permitia. Mochilas viradas para à frente como mandam as regras, pois os carteiristas têm o mesmo direito de festejar como toda a gente... E já só faltam 10 minutos...

5 minutos... A Torre Eiffel mostrava a iluminação habitual que apresentou todas as noites de 2009 para celebrar os seus 120 anos de existência.

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3 minutos... E os jogos de luzes deixavam de ser os habituais, e passavam a mostrar novas e espectaculares combinações! Das quais, um verde e vermelho com amarelo no meio.

1 minuto... 30 segundos... 10 segundos... "Onde está a contagem decrescente??" Perguntava eu...

1 segundo... "Onde está o fogo de artifício??" Perguntavam os brazileiros...

Ou andei todos os anos a ver coisas que não devia na televisão, ou teria sido esta mais uma medida anti-terrorismo sarkozyana, para não juntar tantas pessoas num mesmo local (não resultou)... Dizia-se que nos Champs Elysées é que tinha sido brutal! Que seja, não se deve acreditar em tudo o que se diz, e em tudo o que se vê...

Bah, BONNE ANNÉE!

publicado por Nuno às 16:31

30 de Janeiro de 2011

Enquanto passam as duas semanas em terras portuguesas, ficam aqui alguns mapas relativos a últimos posts... Os dois primeiros localizam as 6 principais estações de comboios de Paris, e os arrondissements, mas no segundo podemos ver também onde fica o Bois de Vincennes (e o do Boulogne também), e os dois aeroportos mais próximos...

 

 

 

 

Aqui fica o mapa mais pormenorizado do Bois de Vincennes:

 

E aqui o (terrível) percurso da viagem de camionete no regresso a casa pelo Natal...

publicado por Nuno às 20:04

24 de Janeiro de 2011

Natal é com a família, e com verdadeira comida à portuguesa, etc., etc... O nosso pequeno quarto em Saint-Denis ia apanhar pó por quase duas semanas...

Há duas coisas de que nos arrependemos em grande escala nesta experiência Erasmus: não ter arranjado alojamento muito tempo antes de chegarmos a Paris, e não ter reservado um voo barato para passar o Natal em Portugal muito tempo antes também... O resultado de ter de esperar que os professores decidicem as datas dos últimos testes e entregas de trabalhos, foi que nem Ryanair nem Easyjet nos safaram, não havia uma única companhia aérea com lugares disponíveis para esta altura a menos de uma quantia choruda! Única solução: regressar a casa de camionete... Precisamente no dia em que íamos sair de Paris, é que neva pela primeira vez desde que cá estamos...


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Não foi preciso despertador para acordar cedo naquela manhã, uma luz estranhamente branca furava os cortinados do quarto, contrastando com os útimos dias de céu limpo, em que os raios de luz solar se inclinavam como nunca para acordar qualquer um que não tenha estores na janela (em Paris não existem estores!). O resultado foi abrir os cortinados e ter uma visão rara... Ficam as fotos daquela manhã que não esqueceremos tão cedo, e mais à frente, as fotos dum dia que também não esqueceremos mas por motivos menos bons...


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Impressionante! No dia anterior, um dia espectacular de céu azul, e neste dia nevava como nunca tínhamos visto antes... Nem nos passava pela cabeça a influência que o intenso nevão teria na viagem de camionete de regresso, prevista para durar umas 20 horas!

Depois dos últimos preparativos (muita comida para a viagem, quase esgotávamos o stock de baguetes frescas do Franprix), lá fomos nós apanhar a RER em direcção à estação de camionetes de Paris Gallieni. Durante o caminho dá para ter uma noção de uma cidade afectada pela neve... O comboio RER ia andando aos soluços, atrasando-nos bastante, e sem que pudéssemos correr com as malas a arrastar em camadas de neve de 20 cm!


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O que estava a ser um belo dia, em que a neve nas ruas da cidade nos deslumbrava, passou rapidamente a um dos piores dias que já tivemos, e os palavrões direccionados à neve começavam a surgir de 15 em 15 minutos.

O facto da camionete disponibilizada ser de curta duração facilmente se resolvia se parássemos pelo menos de 4 em 4 horas, mas não deixa no entanto de ser estranho visto aquele estranhíssimo estado meteorológico... Os problemas maiores vieram no entanto a seguir num efeito dominó que começou no corte das estradas por causa do forte nevão...


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Diário de Bordo:

- 4 horas para sair de Paris!!

- Camionete no máximo a percorrer a auto-estrada a 50 km/hora...

- O atraso foi tanto que de noite, quando chegámos a Bordéus, as dezenas de emigrantes portugueses que também regressariam a casa naquele dia tiveram de esperar ao frio umas 6 horas, sem que houvesse uma paragem coberta e fechada... Foi impossível dormir naquela noite, tal era a revolta dos nossos compatriotas, que durante todo o resto da viagem insultavam o motorista em todas as línguas possíveis... Não dormíamos, mas já nos sentíamos 'em casa'!

- Para uma viagem de 20 horas entre Paris e Porto, e apenas um motorista? Algo não vai dar certo...

- Dito e feito: o cartão de motorista que desbloqueia o sistema da camionete, e que o obriga a parar de x horas em x horas para fazer a troca, deu de si... Onde está o segundo motorista para trocar?? Mais umas horas parados, isto já em Espanha, e o tom da revolta já chegava às ameaças... Já não sabia se me havia de rir ou de chorar... Numa viagem de mais de 20 horas seguidas, isto foi acontecendo mais do que uma vez...


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Dentro da camionete assístiamos a uma miniatura do verdadeiro Portugal durante um Porto-Benfica, com o motorista a fazer de árbitro. Lá fora existia uma paisagem idílica que nos cansava e nos pasmava ao mesmo tempo. O branco do céu confundia-se com o solo, e só os troncos das árvores mais próximos desenhava a paisagem e nos fazia crer que não estávamos mesmo num sonho ou num pesadelo! Porque a acrescentar a isto, raramente parámos em estações de serviço, visto que o atraso já chegava a umas boas horas (na primeira foto em baixo, estou eu à frente da nossa 'espectacular' camionete nas poucas vezes que parámos para descansar, ou cansar, e comer)... Já em Espanha, e já de dia outra vez, a neve e o nevoeiro ia dando a lugar a chuva e a céu azul com algumas nuvens...

Já não nos acreditávamos que chegaríamos a tempo do Natal a Portugal, mas quando atravessámos a fronteira, e passámos pela placa que dizia em lindas letras P-O-R-T-U-G-A-L a grande velocidade para compensar o incompensável, só ligávamos aos nossos pais a dizer: Guardem o almoço na mesma!


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Passadas 27 horas, muitas das quais a rir e a ouvir os desabafos do comum e energético imigrante português, enquanto sustentávamos as pálpebras e as pernas como podíamos, já nada nos confortava mais, do que ver o skyline do Porto ao longe, as lágrimas que enchiam a estação de camionetes de 24 de Agosto, ouvir os últimos 3 meses de vida dos nossos irmãos, e a comida, ai a comida sobre a mesa, numa casa portuguesa com certeza...

O regresso, pouco antes do Ano Novo, também ia ser de camionete, porque continuava a não haver voos para Paris, mas mais vale nem pensar nisso...

publicado por Nuno às 16:49

23 de Janeiro de 2011

Pode-se dizer que foi a nossa noite de Natal em Paris... Depois de uma tarde a gastar as poupanças nuns presentinhos para a famelga, fomos dar um último passeio pela Rive Droite antes do regresso a Portugal que seria na manhã do dia seguinte.

Saindo na estação de metro mais central da cidade, Châtelet-Les Halles (a primeira foto é o peculiar tecto de uma das escadas rolantes), fomos direitinhos à Mairie (ou Hôtel de Ville) de Paris, onde a sua iluminação natalícia chega a ser vista de Montmarte!!

 

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Sem destino, fomos passeando até à Place de la Concorde, onde a temporária roda gigante bem iluminada vai roubando do resto da cidade o pouco movimento que se fazia sentir. Pelo caminho ainda passámos pela bela Igreja de la Madeleine, e pelos chiques quarteirões devidamente iluminados das Grands Boulevards do 2º arrondissement. 


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Pouca gente nas ruas, tal era o frio! Dizia-se que no dia seguinte ia nevar...

Hora de voltar a Saint-Denis, fazer as malas, e controlar a ansiedade de regressar a casa...

publicado por Nuno às 23:46

15 de Janeiro de 2011

Com um quarto de 10 metros quadrados, e com as nossas poupanças reservadas para as prendas, tivemos de nos desenrascar, e improvisar...


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publicado por Nuno às 20:10

O Bois de Vincennes pertence e não pertence à cidade de Paris. Muitos mapas dizem que pertence, outros dizem que não. A vontade de incluir gigantes zonas verdes (só o Bois de Vincennes tem 9.947 km²) dentro dos limites da cidade é discutível, mas não foi isso que nos levou a visitar um dos dois parques verdes principais da região (o outro é o Bois de Boulogne). Foi provavelmente o cansaço de uma cidade grande e densa, a que não estávamos habituados, e para aproveitar enfim aquele céu azul...

Por enquanto Vincennes é uma vila periférica a norte do parque, mas com grandes semelhanças com o centro de Paris. Sair na última paragem da linha 1 do metro, 'Vincennes', é uma excelente ideia de forma a conseguir visitar o histórico Château junto ao parque sem ter de caminhar muito.

Do pouco que vimos da vila, fica o destaque para uma espectacular placa central no meio da principal rua de Vincennes. Ficam as imagens... Um jardim lúdico elevado, isolando-o da circulação automóvel?

 

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E é então que chegámos à mais honrosa entrada para o parque: o Château de Vincennes.

Antes do palácio de Versalhes ser construído era aqui que os reis viviam. A monumentalidade arquitectónica demonstra isso mesmo...

Hoje este Château fica sobretudo conhecido pela morte de Henrique V de Inglaterra, que aqui adoeceu e faleceu, tendo o seu corpo sido fervido na cozinha do palácio para poder ser levado num navio para o seu país.

Mais tarde Napoleão transformou o inútil Château numa base militar. Ficam então as imagens do complexo, donde se destaca o mais alto torreão da Europa e a belíssima capela, que é uma cópia da Sainte-Chapelle de Paris, pela mesma arquitectura, pelo mesmo nome, e por ter albergado também a suposta coroa de espinhos de Jesus Cristo.


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Saindo do Château de Vincennes e olhando para Sul, não se percebe bem o que é o parque, tal é a dimensão e a largura da floresta que domina toda a paisagem. Mas bem, por algum lado teríamos de entrar, e o primeiro instinto é procurar placas ou indicações. Vimos então umas grandes letras dizendo 'Parc Floral de Paris'... Lá fomos, e encontrámos o local ideal para almoçar...

Existem aqui inúmeras espécies de plantas, devidamente preservadas. O lugar é tão idílico, que existe um pequeno palco onde fazem concertos de música, sobretudo de Jazz bem no centro do parque!

Depois de um breve passeio dirigimo-nos à recepção deste parque floral para pegar um mapa, e só aí pudémos ter noção das dimensões reais do Bois de Vincennes... Seria impossível 'visitá-lo' num dia!


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Momento mainstream do dia: aproveitar as letras de 'Parc Floral de Paris', focar a máquina fotográfica em 'Paris' e gravar uma imagem para mais tarde recordar... Ficam apenas duas fotos das inúmeras que tirámos...

Três meses depois, ainda nos sentimos meros turistas...


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Existem dois grandes parques da cidade em Paris, o Bois de Boulogne e o Bois de Vincennes. Ao contrário do que se possa pensar, não são apenas parques de lazer projectados pelo ser humano, ou algo que se pareça... São autênicos 'bosques' ('bois'), que se mantiveram intactos desde sempre! Mesmo com o crescimento urbano de Paris que durante séculos não tem parado, estas duas gigantes zonas verdes, reservadas inicialmente para a caça real, foram mais tarde doadas por Napoleão à cidade, não sem antes terem sido devidamente 'arranjadas' por Haussmann. Mesmo com este 'arranjo' grandes áreas do Bois de Vincennes dão a impressão de que estamos no meio de florestas completamente isoladas da cidade. Esta impressão tivemos nós enquanto caminhávamos por uma estrada que passa no limite Norte do parque!


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Já fartos de caminhar e de tanto isolamento verdejante que nos desorientava, decidimos apanhar um autocarro que por lá passava, e ir até ao ponto em que o parque toca a cidade de Paris... Aqui, a noção de parque começa a fazer mais sentido: um lago todo arranjadinho com patinhos e barquinhos para alugar, passeios arranjados, bancos, e um conjunto de artificialidades que culminam na parte em que o parque cobre a Boulevard Périphérique, isso mesmo, a auto-estrada que circunda a cidade!

Estava na altura de regressar então à cidade de Paris. Porte Dorée era a nossa entrada, conhecida pela Cité Nationale de l'Histoire de l'Immigation, pela fonte dourada de Atenas (ver últimas fotos), e pela feira popular de Foire du Trône, que fica já dentro do parque...

 

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Acabou-se o 'sossego do campo', que as dezenas de jardins de Paris não conseguem dar...

publicado por Nuno às 16:16

12 de Janeiro de 2011

Para fazer 'pandã' (que palavra tão francesa, mas que não sei escrever...) com o outro post sobre as estações de comboio de Paris, vou falar agora sobre estações também, mas do ano...

E já que estamos entre o Outono e o Inverno, o que é que há para os turistas de especial na estação do Outono? Frio e chuva não é de certeza...

 

 

Há que aproveitar então o lowcost e tomar o voo para Paris em qualquer altura do ano! Os voos da TAP costumam estar mais baratos por esta altura, e apesar de ser uma época tristinha durante o dia, tem menos turistas, logo é mais fácil visitar os monumentos, e anda-se bem melhor pela cidade.

Aí ficam então algumas actividades específicas desta estação! (retiradas do guia da American Express)

 

Outono

"Setembro marca o recomeço da vida social, com estreias de gala de filmes e festas nas grandes casas da Île St-Louis. Paris é o maior centro de congressos do mundo e há uma grande variedade de exposições em Setembro, de vestuário infantil a presentes, lazer e música. O ritmo pouco abranda em Outubro e Novembro, quando os parisienses dão vazão à sua paixão pelo cinema, com as estrelas mundiais de Hollywood dando um ar da sua graça nas premières dos Champs Elysées."


   


Actividades principais:

- Journées du Patrimoine Basicamente todos os museus, monumentos e os ministérios são abertos ao público de forma gratuita e durante dois dias a meio de Setembro.

- Festival d'Automne de Paris A cidade enche-se de música, dança e teatro, para compensar a falta do movimento da época alta...

- Salon de l'Automobile Bienal de carros e motas nos salões da Paris-Expo, no Porte de Versailles, em ínicios de Setembro.

- Nuit Blanche Sábado em Outubro em que os museus abrem toda a noite!

- Festival de Jazz de La Villette Palavras para quê? ...só Jazz ...em meados de Setembro...

- Foire Internacional d'Art Contemporaine Isso mesmo, a maior feira de arte contemporânea da cidade também na Paris-Expo, na última semana de Outubro.

- BNP Parisbas Master Muito ténis em Novembro...

- Festival d'Art Sacré Arte sacra nas igrejas de St-Sulpice, St-Eustache e St-Germain-des-Prés.

- Mois de la Photo Em inúmeras galerias e museus...

- Beaujolais Nouveau O melhor fica para o fim...Na terceira 5ª feira de Novembro, os bares da cidade enchem-se de gente para provar o vinho das últimas colheitas!

 

No próximo post do 'Paris Turístico é Pleonasmo!' irei falar do que há para fazer em Paris no Inverno, não percam, porque nós... também não!

 

(fotos retiradas da web)

publicado por Nuno às 03:03

Como prometido aqui estão algumas fotos da iluminação de Natal nos Champs Elysées.

As fotos não estão grande coisa, mas dá para perceber a iluminação subtil que dá um efeito tremendo à noite, principalmente para quem vem do Arco do Triunfo... Só mesmo as árvores é que estão cobertas de luzinhas, o resto da decoração fica a cargo das centenas de grandes lojas espalhadas pela principal avenida de Paris...


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publicado por Nuno às 01:52

04 de Janeiro de 2011

Era uma daquelas tardes da semana em que não tive aulas, e estando sozinho fiz aquilo que qualquer um pode fazer numa cidade como Paris, sair aleatoriamente numa estação de metro, e esperar que algo fascinante nos apareça à frente! Foi o que aconteceu...

Não muito longe da Torre Eiffel, no coração do grande 7ª arrondissement, fica o gigantesco Hôtel des Invalides. Iniciado em 1670 pelo rei Luís XIV, tinha a grande função de albergar e cuidar dos 'inválidos' da guerra.

 

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De um enorme hospital militar, passou a um monumento de tributo militar. Provavelmente é hoje o maior e mais importante monumento francês dedicado à maior futilidade da História... Futilidade ou não, em qualquer canto deste complexo arquitectónico está bem presente o orgulho bélico, sobretudo pela quantidade de canhões espalhada por todo o lado!

Entrando pelo lado Norte, depois de uma caminhada pela esplanada dos Invalides, que não é mais que um imenso relvado que liga o complexo ao rio Sena e à exuberante Ponte Alexandre III, pode-se ter uma noção da monumentalidade presente em cada espaço. É um autêntico palácio isolado do resto da cidade por grandes jardins em redor... Diz-se que aqui os militares inválidos e reformados encontrariam o descanso merecido, depois de terem defendido a 'nação' (essa palavra "que os chefes trazem e usam para esconder a razão").

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Em cima podemos ver fotos do Pátio de Honra (Cour d'Honneur), que é apenas o pátio maior e central de entre outros 14! É deste local que podemos aceder aos diversos museus, que ocupam a maior parte do complexo, embora a função de acolher soldados ainda esteja activa. Se continuarmos para Sul, em direcção à estátua de Napoleão (que está no segundo piso), iremos ter à capela (não pensem que capela significa igreja pequena), e ao Dôme des Invalides...

Aparentemente todos os museus estavam fechados, e eu parecia ser o único a caminhar por um palácio estranhamente silencioso que parecia em tudo assombrado, tal é a quantidade de referências e homenagens a soldados e generais mortos na guerra. Na verdade todo o Hôtel é um museu gigante, pois cada corredor, cada hall, e cada sala, além de canhões, possuem inúmeras placas, estátuas, e outros instrumentos bélicos como antigos tanques...

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Depois de umas horas a vaguear pelos corredores do Hôtel, acabo por atravessá-lo duma ponta à outra, até ao belo Dôme des Invalides, uma espécie de Panteão militar construído em anexo à capela de St-Louis-des-Invalides, ficando esta literalmente entalada, sem qualquer fachada visível. Ambas as igrejas já estavam fechadas, mas por fora é impossível ficar indiferente à cúpula dourada, que demorou 27 anos a ser construída! É exactamente por baixo da cúpula, na cripta, que se encontram os restos mortais de Napoleão...


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Fica a promessa de cá voltar, e de postar fotos do interior do Dôme, e dos museus.

Para se ter uma melhor noção das dimensões, fica então aí uma foto aérea do Hôtel des Invalides. Curioso ver a espectacular integração urbanística do mesmo, que apesar do isolamento típico dum palácio de Versalhes, consegue que a cúpula seja vista de todas as avenidas que ali convergem...

 

publicado por Nuno às 22:25

03 de Janeiro de 2011

Mesmo no 2º arrondissement, a norte do Louvre, fica uma zona carismática de Paris (mais uma...). Conhecida pelas Grands Boulevards rompidas em antigas fortificações por Haussmann, estas vastas avenidas são autênticas montras de elegância e riqueza, muito associada ao frenesim financeiro do Palais de la Bourse, e artístico da mítica Ópera de Paris Garnier.

A primeira vez que aqui viemos, não fazíamos ideia de onde estávamos. Quem visita Paris, e anda muito de metro, sabe que em qualquer estação que se saia, arrisca-se a sentir uma desorientação que fascina.

Precisávamos de visitar uma sucursal dum banco português, e sem saber fomos ter ao centro bancário da cidade, onde se destaca a antiga bolsa de valores de Paris, de estilo neoclássico, ou não tivesse sido encomendada por Napoleão. Nas ruas adjacentes ao palácio, encontra-se de tudo que tenha a ver com dinheiro (capitalistas!), desde sedes de bancos a pequenos museus da moeda...

 

 

Caminhando para Oeste em busca da ver o edifício da Ópera, deparamo-nos com um pequeno teatro, que durantes muitos dias pensámos mesmo ser a Ópera Garnier... Era o Teatro Nacional da Ópera Cómica. Infelizmente as obras de reabilitação não nos deixaram ver nem o nome do dito cujo na fachada.

Fomos ter então a uma das Grands Boulevards, chamada Des Italiens, onde uma das galerias comerciais nos chamou a atenção. Era uma das Passages de Paris, e lá ficámos até ao fim do dia. Ver a verdadeira Ópera teria de ficar para depois...

 

 

As Passages de Paris são pequeníssimos centros comerciais, característicos desta zona da cidade. Tiveram origem no século XIX, e não passam de ruas pedonais cobertas e protegidas por tectos feitos de ferro e vidro, que furam literalmente os quarteirões duma ponta a outra, ligando em muitos locais, as Grands Boulevards. Apesar de muitas das Passages terem entrado em decadência, algumas foram restauradas e hoje apresentam o requinte de outrora, combinado com a presença de lojas muito especializadas. Aí ficam algumas fotos da Passage des Princes, que contém uma grande loja de brinquedos... ...e que nos ocupou a maior parte do tempo!

 

 

E que tal umas Passages semelhantes nas ruas estreitas da baixa portuense?

publicado por Nuno às 22:05

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