27 de Fevereiro de 2011

Um típico passeio de domingo. Levantar cedo, comprar umas baguetes, e ir até a um dos 'mil' parques e jardins urbanos que Paris oferece. E no caso do pequeno Parc Monceau, o 'oferece' tem de estar particularmente sublinhado, já que estamos a falar do espaço verde mais aristocrático e chique da cidade, que durante décadas foi propriedade privada. Só em 1852 foi adquirido pelo Estado que soube aproveitar a magnificiência e requinte do jardim, para valorizar os terrenos imobiliários adjacentes. Resultado: a burguesia mais abastada construiu em pouco tempo majestosas mansões em torno do Parc Monceau, e as 4 entradas públicas para o mesmo fazem-se através de grandes portões em ferro dourado, que cria um conjunto de elegância exagerada...

 

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O requinte deste parque deve-se também ao conjunto arquitectónico que decora todo o parque, desde colunatas coríntias, a arcadas renascentistas passando por pirâmides, pontes e riachos. Mas a 'imagem de marca' é mesmo o lago com a colunata, neste dia completamente congelado, e onde os pássaros esquiavam como não houvesse amanhã...

O Monceau (8º arrondissement, não muito longe do Arco do Triunfo) ficou também conhecido por ter sido palco da primeira aterragem em pára-quedas documentada. O 'maluco' foi André-Jacques Garnerin que fez a proeza em 1797. 


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Era dia dos Namorados e o frio não afasta as pessoas. Imensos casais de idosos passeiam com os netos, outros, homens de negócios vão arrumando os telemóveis no bolso sob pressão das esposas vestidas com longos casacos de pele, que querem uma tarde de domingo tal como diz a bíblia... Outros passeiam de trotinete... Mas nenhuns se sentaram num banco como nós a fazer um piquenique... "Esperem até eu barrar o caviar na baguete", dizia eu...


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publicado por Nuno às 22:22

Lá chegou o dia em que decidi dar um passeio pelo Marais. Não era a primeira vez que cá tínhamos vindo, mas desta vez queria perceber de quanto tempo precisava para conhecer em condições este mítico e histórico bairro junto ao centro da cidade. Acabou por ser uma tarefa ingrata, visto que esta zona que cobre praticamente todo o 4º arrondissement, tem um palácio-museu em cada quarteirão! Mas já lá vamos...

Comecei por aquilo que já conhecia, a lindíssima e antiquíssima Place des Vosges, ainda coberta de neve e sem a multidão que aqui costuma marcar presença aos fins-de-semana. Aparentemente esta praça ainda vai marcando a centralidade duma zona tão densa como é o Marais, distorcida pela proximidade da Praça da Bastilha a Este, e o Hôtel-de-Ville a Oeste. Densa, no sentido em que a maioria dos jardins e pátios/praças existentes são 'privados' e estão entre muros, e os palácios que formam os quarteirões estão separados por ruas e passeios estreitos. Adivinha-se o caos em dias de enchente...

 

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Este antigo pântano ('marais'), foi desde o século XIV a zona onde viviam as famílias mais ricas da cidade, muito por causa da proximidade 'real' com o Louvre. Por isso não admira a quantidade de palacetes, os chamados 'Hôtels', que aqui existem, formando hoje uma malha urbana peculiar.

Durante a Revolução Francesa, o Marais foi sendo abandonado pela nobreza, e sofreu grande deterioração, mas uma zona tão central como esta acabou por ser aproveitada pela comunidade judia no fim do século XIX, que aqui se estabeleceu, até hoje, e reforçou o carácter comercial do Marais.

Quanto aos palacetes, uma grande operação de reabilitação urbana no contexto de pós-Segunda Guerra Mundial, transformou a maior parte dos 'Hôtels' em grandes e conceituados museus. Um deles, o Hôtel de Sully, fica junto à Place des Vosges, e aqui vos apresento...


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É dos palacetes mais conhecidos do Marais, muito pela beleza das suas fachadas 'tardo-renascentistas', e não tanto pela sua actual função de receber exposições de fotografia e cinema pontuais. Inicialmente construída no século XVII por um jogador que perdeu a sua fortuna numa única noite, acabou por ser comprada pelo duque de Sully, um primeiro-ministro que redecorou o interior, e os belos jardins que ainda hoje existem. Este Hôtel tem duas entradas, uma numa das ruas mais antigas de Paris, a Rue St. Antoine, e a outra entrada dá directamente para a Place des Vosges. Os jardins estão gratuitamente abertos durante o dia, muito à semelhança com o que acontece nos outros palacetes. A visita é obrigatória para quem passa pelo Marais.


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Devido ao grande processo de revitalização cultural do bairro, o Marais foi-se tornando o directo 'rival' de Montmartre, com a invasão de galerias de arte que juntamente com os inúmeros museus criou um bairro de referência turística especificamente artística, e fez disparar os preços do metro quadrado. Este bairro da 'moda', é também hoje conhecido pelo circuito gay, que engloba cafés, cabarets, etc..

No entanto, e porque o Marais é relativamente extenso, à medida que nos aproximamos do Sena, os muros e os passeios estreitos vão dando lugar à típica cidade, mas com uma estrutura ainda muito 'medieval' (nas últimas fotos, algumas ruas com dois metros de largura no máximo, e onde os prédios têm janelas viradas para as mesmas)...


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Estudando o pouco que vi nesta tarde, dois dias devem chegar para conhecer o Marais como deve ser. Bendito o dia em que decidimos ficar em Paris mais 1 semestre!

publicado por Nuno às 16:44

20 de Fevereiro de 2011

Depois de ter dado algumas razões para visitar Paris no Outono, e como prometido, resta-me dar razões para uma visita em pleno Inverno. Tudo bem que o Réveillon atrai muitos turistas, mas existem outras importantes actividades, facilmente acessíveis pelos voos baratos para a Europa, como por exemplo da Aigle Azur. Além disso, conseguir ver Paris coberto de neve é ter acesso a cenários idílicos para mais tarde recordar...

 

 

 

Fazer uma viagem a Paris nesta altura significa, como já aqui disse, não ter de passar tantas horas em filas para visitar monumentos, etc, etc... Ainda assim, o Inverno pode ser mais concorrido que o Outono. O Natal, o Ano Novo e o Carnaval são os grandes motivos...

 

Inverno

"É raro nevar em Paris - os dias de Inverno são geralmente mais revigorantes do que frios. Há festivais de jazz e dança, cerimónias de Natal à luz de velas e muita festa nas ruas no Ano Novo. Depois disso, a cidade fica um pouco menos congestionada, e nos dias soalheiros os passeios da marginal do Sena enchem-se de caminhantes e namorados." (guia da American Express)

 

 

Actividades principais:

- Iluminações de Natal nos Grands Boulevards e na Champs-Elysées sobretudo.

- Pista de gelo na praça em frente ao Hôtel-de-Ville.

- Crèche nada a ver com deixar os miúdos nalgum sítio. É um presépio gigante também no Hôtel-de-Ville.

- Exposição de Cavalos e PóneisExposição Náutica Internacional na Paris-Expo (junto ao Porte de Versailles), em inícios de Dezembro.

- Dia de Reis também aqui se festeja, simbolizado pelas Gallettes des Rois que enchem as pastelarias (nada a ver com os nossos Bolos-Rei como se pode ver na foto em cima)!

- Prix d'Amérique é a corrida de cavalos mais famosa da Europa, que tem lugar no Bois de Vincennes, em meados de Janeiro.

- Desfiles de moda, nada de novo em Paris, é apenas para apresentar as colecções Primavera/Verão.

- Carnaval, com especial destaque no Quartier de St-Fargean do 20º arrondissement...

- Floraisons, durante todo o mês de Fevereiro, já se festeja o fim do Inverno, com exibições florais no Bois de Vincennes (Parc Floral) e no Bois de Boulogne (Parc de Bagatelle)!

 

(fotos retiradas da web)

publicado por Nuno às 23:24

Quando nevou bem a sério em Paris, estávamos em Portugal, mas em Janeiro e Fevereiro, em dias de aulas ainda assistimos pela janela a fortes nevões, que afectaram particularmente Marne-la-Vallée, onde a natureza vai mantendo a brisa fresca que preserva a neve e o gelo durante dias, o que já não acontece no aquecido centro de Paris...

Por isso a maior parte das fotos que conseguimos ir tirando, são dos arredores do IFU (onde os malhos eram frequentes quando já íamos atrasados)...

 

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publicado por Nuno às 16:24

13 de Fevereiro de 2011

O Museu do Louvre merece um lugar nos 'Mapas bués de porreiros!' tal são as suas dimensões e riqueza cultural que assume um lugar de destaque no turismo parisiense.

Em baixo, à esquerda, o antigo 'Castelo do Louvre', e à direita o aspecto actual do Museu, donde se nota os pátios, e o jogo de triângulos e pirâmides que cobrem o hall principal.

 

Aqui o mapa geral, com os nomes de cada pavilhão, dos pátios e das ruas adjacentes...

 

Em baixo um mapa de acessibilidades, na qual a linha 1 do metro é a melhor opção. 

Além da entrada principal na Grande Pirâmide, a melhor forma de evitar as grandes filas é entrar pelo Arco do Carrousel, que vai ter à zona comercial do museu.

publicado por Nuno às 19:03

O museu mais visitado do mundo (mais de 8 milhões de pessoas por ano) fica aqui em Paris, ocupando cerca de 700 metros da margem a Norte do Sena. Mais do que um museu, o Louvre é um enorme complexo arquitectónico que foi sendo construído, destruído, e reconstruído desde há mais de 800 anos para cá, representando um peso importantíssimo na história da cidade... Para muitos o centro de Paris é aqui, representando o 1º arrondissement, enquanto a Mairie (Município) fica no 4º arrondissement!

Tudo começou com uma fortaleza chamada 'Castelo do Louvre', e mandada construir pelo rei Filipe Augusto para proteger a cidade dos Vikings. Desde aí, foi sendo modificada, sobretudo aumentada com o tempo, para se tornar palácio real, e mais tarde um museu, aberto ao público em 1793 (é possível visitar as bases das torres da fortaleza, numa das salas mais baixas do museu). As dimensões do edifício eram tão grandes, que o Louvre não só incluía museus, como alguns ministérios. A última grande modificação foi precisamente nos anos 80 quando os ministérios foram transferidos para outro local, iniciando um grande projecto de expansão e modernização do Museu do Louvre, simbolizado pela Pirâmide de vidro da autoria de I.M. Pei, que acabou finalmente com o grande problema das entradas no museu, e nas suas diversas secções.


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Graças a este projecto de ampliação, a grande pirâmide de vidro localizada no Cour Napoleón (o pátio maior e mais central entre os 7 que estruturam o complexo) permite a passagem do exterior para uma vasta galeria subterrânea iluminada pelo conjunto de pequenas pirâmides de vidro que acompanham a maior. Esta galeria, além de conter espaços comerciais, bares, e os habituais serviços dum museu, facilita e organiza o impressionante fluxo de pessoas que passam duma galeria a outra. O Museu do Louvre que apesar de tudo não chega a ocupar todo o edifício, contém 4 grandes secções abertas a qualquer público, e são: a Pintura Europeia (1200 a 1850), a Escultura Europeia (1100 a 1850), Antiguidades Orientais, Egípcias, Gregas, Etruscas e Romanas, e os 'Objects d'Arts' (as pequenas peças desde joalharia a porcelanas).

É de facto impossível visitar todo o museu num dia ou dois, dadas as suas dimensões, e a quantidade de obras que não pára de aumentar desde a pequena colecção inicada por Francisco I (século XVI). A maior parte dos visitantes quer ver sobretudo a Mona Lisa do Leonardo da Vinci, e por isso não admira que a Pintura Europeia seja a secção mais congestionada.

Cada corredor, cada hall, cada parede, cada tecto, e até mesmo cada chão, são ou contêm arte no seu estado mais puro e histórico. Infelizmente o deslumbramento não consegue esconder o cansaço ao fim de algum tempo, e existem bancos e sofás ao virar da esquina.


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Chegar à sala onde se encontra a Mona Lisa não é fácil, ainda assim, as indicações são claras, e fazem as pessoas desejar incessantemente por ver a pintura, preparando já a máquina fotográfica... Chegado à tão esperada sala, a quantidade de pessoas a tirar fotos cobrem por completo uma pintura que é tão incrivelmente pequena! Seguranças e um grande perímetro de segurança não impedem que as pessoas se amontoem para tirar fotos e ainda façam o exercício habitual de confirmar se os olhos da Gioconda as seguem para todo o lado... Exactamente no lado oposto da sala, um enorme quadro cobre toda a parede, represantando pormenor e simbologia que enchem de orgulho qualquer francês, mas poucos visitantes o notam. Tirada a foto desejada, resta procurar a saída o mais rápido possível, acabando com a sensação claustrofóbica de estar dentro dum shopping durante todo o dia.

Mas não é fácil sair do museu, e para lá chegar as pessoas são obrigadas a deparar-se com obras-primas fantásticas em cada canto... Em vez de lojas que substituem janelas para nos obrigar a comprar a todo o custo, aqui as pinturas enchem as paredes obrigando-nos a entrar num mundo à parte de símbolos, jogos de luz e cor, não há escapatória possível, tal é o labirinto em que se transforma o interior do Louvre!


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A escultura europeia também tem um peso significativo nos desejos mais básicos dos visitantes. A Vitória de Samotrácia e a Vénus de Milo são as estrelas, por aquilo que aqui e ali se fala. Mas muitas outras esculturas são de encher o olho, e deslumbram quem se esvaziar completamente de preconceitos, e de significados históricos e se centrar na forma.

A arte das civilizações mais antigas também é digna de visita, mas causa-me uma certa intranquilidade, pondo-me a pensar até que ponto estas obras devem estar aqui em vez de estarem expostas nos seus países de origem. Esta situação faz lembrar a exigência polémica mas compreensível, dos gregos a Londres para devolverem partes do Parthénon. De facto, em certas alturas chegámos a pensar que estamos num outro mundo e outro tempo, tal é a quantidade de peças 'estranhas', ora completas, ora parcialmente destruídas que aqui se encontram, obrigado o museu a transformar alguns pátios em enormes galerias fechadas para receber tanta escultura (ver últimas fotos)!

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Incrivelmente, o espólio do museu continua a crescer, e o Louvre, antes que arrebente pelas costuras, já está com um projecto para abrir sucursais noutras cidades e noutros países... Um dos locais escolhidos é, imaginem só, no Dubai...

publicado por Nuno às 15:33

06 de Fevereiro de 2011

Aquando da visita que um casal amigo nos fez, Kátia e Pedro, foi possível traçar um plano para conhecer Paris num dia e meio. Não é impossível, pode ser cansativo, mas ainda se pode conhecer diversos monumentos inevitáveis, e passar um belo dia, sem gastar muito... Aproveitando o lowcost, a viagem para Paris fez-se pela Easyjet, signficando que eles chegariam ao aeroporto Charles de Gaulle a meio da tarde. Mas no mesmo dia ainda foi possível visitar o Arco do Triunfo e descer os Champs Elysées. Já para o dia seguinte, estabeleceu-se um percurso que ia desde Les Halles até à Torre Eiffel, e à noite ainda se foi jantar a La Défense, com a possibilidade de passar a noite em Montmartre! Fica então o plano deste fim-de-semana em que recebemos visitas pela primeira vez.

 

1º dia

Fim da tarde - Visita ao Arco do Triunfo, contemplando as vistas magníficas da cidade durante o pôr-do-sol, ai como é bonito!

Noite - Descer os Champs Elysées e jantar por lá (só nesta avenida existem 3 Mcdonalds!)...

 

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2º dia

Manhã - Saímos na estação de metro mais central da cidade, a Châtelet-Les Halles, tomámos o pequeno-almoço no Starbucks junto ao Pompidou, e dirigimo-nos até à Câmara Municipal de Paris, isto é, a Mairie de Paris, onde uma enorme pista de gelo nos esperava. Pode-se andar o tempo que se quiser na pista, e depois de muitos malhos, e do espectacular feito de percorrer com patins 5 metros sem cair, estava na altura de continuar a caminhada matinal em direcção à Catedral de Notre-Dame, com direito a subir às torres.


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Tarde - Depois de subir (e descer!) tanto degrau em Notre-Dame, nada melhor do que ir almoçar pelas ruas estreitas de Saint-Michel já na margem sul, onde se encontram os melhores restaurantes e cafés a preços de chorar por mais...

De seguida, toca a ir juntinho ao Sena em direcção ao Museu do Louvre e aos Jardins des Tulleries, onde passámos a maior parte da tarde.

   

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Fim da tarde - Chegados à Torre Eiffel, com a ajuda do metro que apanhámos na Praça da Concórdia até ao Trocadero (onde se tem as melhores vistas para a torre), ainda restavam umas horas com a luz do dia para visitar o monumento como deve ser e ainda lanchar os habituais crepes de chocolate!


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Noite - Depois dum salto a La Défense para jantar no enorme centro comercial Les 4 Temps, ainda havia a possiblidade de visitar Montmartre (Sacré Coeur e Moulin Rouge).

Para quem não acredita em tal feito, num dia e meio é possível visitar os 5 monumentos básicos de Paris sem correrias: Arco do Triunfo, Catedral de Notre-Dame, Louvre, Torre Eiffel, e se houver forças, a Basílica de Sacré-Coeur.

Voltem sempre! :)

publicado por Nuno às 15:54

O primeiro mês deste novo ano foi particularmente estranho para nós...

Visto que nos tínhamos inscrito para fazer Erasmus apenas um semestre, Janeiro seria o nosso último mês em terras francesas (não existe forma mais amarga de dizer isto...). Um comum mortal pensaria em aproveitá-lo ao máximo, tentando conhecer mais um pouco de Paris, já que ainda havia tanto, mas tanto para ver!

Infelizmente, Janeiro é também o mês dos exames e das entregas de trabalhos no Institute Français d'Urbanisme, o que acabou por significar 4 longas semanas metidos dentro do quarto a estudar e a dar o nosso máximo. A tarefa veio-se a revelar muito mais complicada do que aquilo que esperávamos, já que a maior parte dos professores souberam exigir tanto como a sua falta de esperança em fazer passar alunos estrangeiros (se na Paris 8 fomos compensados pelo nosso esforço, no IFU éramos postos à prova a todo o instante). Não desistimos, e mostrámos de que é feita a raça portuguesa (quando ela existe)...

Um mês no qual raramente saímos de Saint-Denis... E quando íamos à rua, o cenário era este, muita neve, e com o canal completamente transformado em pista de gelo... (a segunda foto mostra uma das várias caixas espalhadas pela vila por estes dias, desconfio que seja sal para a neve).

 

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Ainda nas duas fotos em cima, podemos ver o mais 'recente' centro de Saint-Denis com o seu aspecto moderno muito duvidoso, que foi tema dum trabalho que fiz para Histoire d'Urbanisme; até mesmo em época de exames, eu mantinha-me imperativamente ligado a esta vila periférica de muito má fama... E precisamente junto a este centro, fica a importantíssima Basílica de Saint-Denis. Já aqui tinha falado deste templo, e de Saint-Denis no geral, pouco depois de saber que seria aqui que íriamos morar por muito tempo... Mas agora tenho fotos mais pormenorizadas do primeiro edifício de estilo gótico do Mundo!

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Não havia tempo para visitar Paris, mas houve tempo para dar um saltinho a esta Basílica que fica a cerca de 5 minutos a pé de nossa casa.

A monumentalidade não chega à da Catedral de Notre-Dame, ainda assim, a sua história constitui um dos maiores tesouros de França. Foi aqui que durante séculos foram enterrados alguns dos seus reis (os túmulos estão à vista de qualquer um, mas protegidos por uma grade perto do altar, para que as pessoas paguem a visita guiada), e chegou a ser um importante local de peregrinação, para praticar o culto ao Santo Dionísio, ou Saint-Denis, que diz-se, foi decapitado, mas o corpo continuou a andar transportando a cabeça debaixo do braço, e só parou precisamente neste lugar! As pinturas e esculturas representando tal feito estão espalhadas pelos mais importantes monumentos de Paris.

Mas foi durante umas obras de remodelação, que o Abade Suger improvisou estruturas com formas pouco habituais, originando o estilo gótico na arquitectura, fazendo da Basílica o modelo oficial das catedrais que foram construídas nos séculos seguintes. Pelas imagens, percebe-se a estrutura e decoração mais do que vista nas grandes igrejas parisienses...


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Fim de Janeiro, e decidimos prolongar os estudos por mais um semestre... Este blog ainda tem muito para mostrar, duma cidade que não se visita nem num dia, nem em 4 meses pelos vistos!

publicado por Nuno às 02:31

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