28 de Março de 2011

Quase toda a zona envolvente ao Pompidou é pedonal, e ao contrário do que se possa pensar, é das zonas menos 'chiques' da cidade, onde os jovens e artistas em geral encontram aqui o local certo para se expressarem, e para usarem e abusarem das paredes, e até do chão (Julian Beever também por aqui passou). As duas últimas imagens já são em ruas do Marais...

 

  

  

publicado por Nuno às 23:04

Muitos não saberão o que passou pela cabeça dos arquitectos Richard Rodgers, Renzo Piano e Gianfranco Franchini para terem projectado este edifício com a estrutura literalmente do lado de fora! Modernismo high-tech, percursor do pós-modernismo, e outros conceitos como estes foram arrastando mais um edifício polémico de Paris para o campo arrojado e intelectual da história cultural francesa, acabando por tornar este centro Georges Pompidou em mais um monumento de visita quase obrigatória... Típico...

 

 

O que mais caracteriza este grande bloco, apesar de conter o maior museu de arte moderna da Europa, é sem dúvida a estrutura colorida como a canalização ou as escadas que se encontram no lado exterior, deixando o interior com espaços vastos e contínuos. Curiosamente, toda a estrutura segue um código de cores: os tubos de ar condicionado são azuis, os canos da água são verdes, os de electricidade são amarelos, as escadas e elevadores estão pintados em vermelho, os tubos de ventilação para o subsolo são brancos, e as vigas de construção estão em cinzento. Este código de cores é muito mais perceptível na Rue Beaubourg (que vai ter ao Hôtel de Ville), estando o lado oposto, o qual se encontra virado para a concorrida praça Georges Pompidou, caracterizado pela longa escadaria rolante que dá acesso a todos os pisos até ao terraço. Ir até ao terraço ainda fica caro, mas dizem que se tem grandes vistas, já que o Pompidou fica numa das zonas mais centrais de Paris, perto de Les Halles.


 

Como o próprio nome diz, este edifício, inaugurado em 1977 e idealizado pelo Presidente que lhe deu o nome, faz parte dum complexo que não só contém o museu (especialista em Fauvismo, Surrealismo e Cubismo), como bibliotecas, teatros, estúdios e centros culturais especializados, além dum restaurante no terraço. Por isto, todos os dias inúmeros artistas de rua fazem questão de marcar presença na praça, ou junto à primeira fonte contemporânea da cidade, no lado Sul do Pompidou. Esta fonte da autoria de Niki de Saint Phalle e Jean Tinguely (escultor suiço que projectou fontes com estruturas mecânicas semelhantes em Basel), faz uma homenagem às criações de Igor Stravinsky, com esculturas coloridas a 'brincarem' com a água. Do outro lado da fonte está a bela igreja de St-Merry, muito bem entalada entre os prédios que preferem se abrir para um mundo artístico que brota do Pompidou e segue para Este pelo bairro do Marais...



É tudo estranho, feio e belo, é tudo arte!

publicado por Nuno às 19:19

21 de Março de 2011

Estas imagens já são bem conhecidas pelos viciados em altas velocidades no asfalto, mas recentemente esta banda argentina juntou a uma das suas epopeias psicadélicas esta 'curta-metragem' da autoria de Claude Lelouch (1978). Saindo da Boulevard Pheriphérique, para apanhar a Avenue Foch (uma das que 'desagua' no Arco do Triunfo), este suposto mercedes, ultrapassando todos os limites, é conduzido durante o nascer do sol até Montmartre, onde mesmo em frente à Basílica de Sacré-Coeur, ficamos a perceber o belo desfecho... 

Um dos melhores vídeos para se ter uma noção rápida (bem rápida!) da beleza das ruas de Paris...

 

publicado por Nuno às 20:05

A propósito das visitas da Kátia e do João, que souberam aproveitar o lowcost para fazer uma viagem a Paris (a Air Europa é também uma boa opção), ficam aqui 4 principais percursos a pé, que passam pelos locais e monumentos mais importantes de Paris...

A vermelho o percurso, os pontos amarelos os locais de interesse.

 

Mapa 1: Arco do Triunfo (estação de metro/RER) - Champs Elysées

 

Mapa 2: Châtelet-Les Halles (estação de metro/RER) - Centro Pompidou - Hôtel de Ville - Île St-Louis - Square Jean XXIII - Catedral Notre Dame - edifícios históricos da Île de la Cité - Square du Vert-Galant - Saint-Michel - Boulevard Saint-Michel - Jardin du Luxembourg - Panthéon

 

Mapa 3: Ópera Garnier (estação de metro/RER) - Igreja de La Madeleine - Igreja Saint-Augustin - Grand e Petit Palais - Ponte Alexandre III - Invalides - Champs de Mars - Torre Eiffel - Trocadero

 

Mapa 4: Saint-Michel (estação de metro/RER) - Passerelle des Arts - Museu do Louvre - Palais Royal - Arch de Triomphe du Carroussel - Museu d'Orsay - Jardin des Tuileries - Place Vendome - Rue de Rivoli - Place de la Concorde

publicado por Nuno às 17:11

14 de Março de 2011

5º dia

Manhã - Segunda-feira significa eu e a Vânia termos aulas de tarde, mas ainda assim, deu para aproveitar a manhã para conhecer melhor o coração da Rive Gauche, perto de Montparnasse, nomeadamente a enorme Igreja de St-Sulpice que ganhou relativa fama com o filme Código da Vinci (sim, as linhas no chão existem mesmo...), e o Jardin du Luxembourg. Antes de almoçarmos junto ao Palácio du Luxembourg, deu para visitarmos como deve ser os jardins, e ainda apanhar uns banhos de sol nas cadeirinhas verdes de metal, que hoje se encontravam incrivelmente livres!


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Tarde - Nada de especial, o João foi connosco até ao Ifu, e lá ficou a tentar conhecer as nossas colegas, perdão, os nossos colegas, de turma!

Pronto, deu para conhecer também a vila universitária de Noisy Champs, com os seus departamentos estranhos, e zonas comerciais degradantes... Logo logo a seguir às aulas, fomos directos ao cemitério de Pére Lachaise, mas infelizmente estava fechado...

Noite - Com a grande volta que demos sem sucesso, e com o frio imenso que se fazia sentir nesse dia, decidimos que o melhor era passar a noite no calor humano dos Chams Elysées, culminando com um capuccino bem quente no Starbucks... Nesse dia o destaque vai para um amontoado de jovens em frente à fnac à espera da última versão do Final Fantasy... Geeks franceses!


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6º dia

Tarde - O último dia do João em Paris, e faltava conhecer algo essencial: o museu do Louvre! A camionete para Beauvais partia ao fim da tarde, e tínhamos de racionalizar bem o tempo... Antes do Louvre ainda demos um saltinho ao Palais Royal, com a sua entrada para o metro muito peculiar. Depois do Louvre, e já com o pôr-do-sol, fomos caminhando pelo Jardim das Tulherias até à Praça da Concórdia. Pelo caminho, fizémos um pequeno desvio até à outra margem do Sena para contemplarmos o exterior do Museu d'Orsay...

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Em Porte Maillot restou dizer: Até uma próxima João!

publicado por Nuno às 19:42

3º dia

Manhã - Belo sábado este, marcado pela nossa ida a Versalhes, nem nós nem o João lá tínhamos ido, então a ideia era dedicar o dia inteiro a visitar este expoente máximo da lúxuria. No entanto, aquilo que pretendia ser uma escala em Châtelet-Les Halles para mudar da RER D para a RER C (a única linha de comboio urbano que vai até Versalhes), passou a ser um grande passeio matinal nas proximidades da estação que englobou a grande igreja de St-Eustache, com o seu peculiar corte horizontal de uma das torres, o seu adro, que estranhamente se localiza apenas do lado direito e contém a famosa escultura l'Écoute de Henri de Miller, e ainda a Bourse du Commerce.

Antes de seguir viagem, ainda demos um salto ao Centro Pompidou.

 

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Tarde - Após uma viagem de quase uma hora em RER, eis que chegámos a Versalhes onde o sol iluminava toda a exuberância não só do complexo Real, mas de toda a vila que mais parece uma cidade de bonecas feita em legos... Visto que, por motivos técnicos, não me é possível arranjar adjectivos que representem Versalhes, irei dedicar um post (ou dois) a falar da magni..., da coloss..., lá está, não dá para caracterizar o maior palácio da Europa sem um dicionário ao lado...


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Fim da tarde - Saímos da RER C em Champs de Mars e apanhámos o metro (linha 6) que passa por cima da ponte de Bir-Hakeim, onde se tem uma das melhores vistas do Sena, e sobretudo da Torre Eiffel. Na Étoile, sob o Arco do Triunfo, mudámos para a linha 1 de forma a visitar La Défense ainda de dia, e lá ficar, no centro comercial Les 4 Temps para jantar...

Num dia apenas visitar colossais obras arquitectónicas como Versalhes e La Défense, é mesmo para ficar deprimido com o nosso tamanho...

 

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4º dia

Manhã - Acordar bem cedo neste dia, pois ia ser particularmente cansativo, já que a ideia é ir da Ópera Garnier até à Torre Eiffel sempre a caminhar. Energia, só com os habituais croissants ou pains au chocolat bem quentinhos...

A zona da Ópera Garnier, nas chamadas Grands Boulevards do 2º arrondissement, é uma das zonas mais chiques da cidade. Como era domingo, não havia muita gente, muito menos os habituais ricaços pelas ruas, mas ainda assim os sem-abrigo que ainda dormiam contrastam com as fachadas destes edifícios como a velha e exuberante Ópera Garnier ou os estabelecimentos do 'jet7' como o mítico Café de la Paix.


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Da Ópera Garnier, seguimos pela Boulevard de la Madeleine ate à líndissima igreja de... ...la Madeleine. Desta igreja de estilo clássico (parece mesmo um templo trazido directamente da Grécia, o que explica o facto de inicialmente não ter sido construída para ter funções religiosas), tem-se uma bela vista que engloba a Praça da Concórdia e do outro lado o 'edifício-espelho' de la Madeleine, a sede da Assembleia Nacional.

Antes de cruzarmos os Champs Elysées em direcção ao Sena, ainda percorremos a Boulevard Malesherbes até à Igreja Saint-Augustin.


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Tarde - Após um reconfortante almoço num Mcdonalds nos Champs-Elysées a arrebentar pelas costuras já que tudo o resto parecia estar fechado na cidade, dirigimo-nos à mítica e exuberante ponte Alexandre III, passando por entre o Grand e o Petit Palais, que formam um complexo arquitectónico belíssimo iniciado no século XIX para a Expo, e que ainda hoje conservam as função de abrigar exposições variadas e possuem ainda um museu de ciência.


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Chegados à Pont Alexandre III... Bem, basta ver as imagens para se perceber o grau de superioridade que uma pessoa ganha só a caminhar por estas ruas e por estas pontes... Para quem já visitou Versalhes, esta ponte nem é grande coisa!


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Sempre a caminhar, passámos pelo Hôtel des Invalides, onde ficámos o resto da tarde. Deu para visitar quase todos os museus, e ainda o túmulo de Napoleão...


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Fim da tarde - Duas palavras: Torre Eiffel... Aproveitando o sol que tardava em ir embora, fomos até ao Trocadero para tirar as fotografias clichés, lanchámos o crepe de chocolate cliché, e, já de noite, o João subiu de elevador até ao topo da torre, onde segundo ele estavam 20 graus negativos!

Depois dum dia destes, que bela noite de descanso que ia ser...


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publicado por Nuno às 15:41

08 de Março de 2011

Este é provavelmente o post mais útil que aqui vou escrever. Visitar Paris em 6 dias, ou aliás, 5 dias mais o dia da viagem de chegada, é o suficiente para conhecer todos os monumentos básicos, alguns secundários e ainda dar algumas escapadelas como a ida a Versalhes. Este foi o plano que fiz aquando da visita do meu tio João (Johny p'ós amigos!). Particularmente esta foi uma 'semana excelente' também, pois apanhou um fim-de-semana a meio, e apesar do frio, o céu esteve sempre incrivelmente azul, em pleno Inverno... Talvez por isso, tirámos fotos para dar e vender, visitámos mais locais do que o planeado, e não tenho outra solução senão dividir este artigo em 3 partes, cada parte para cada par de dias...

Á semelhança da visita da Kátia e do Pedro, também o João aproveitou as viagens baratas para a Europa, e tomou o voo para Paris para nos visitar. Como era só um, ficou 'alojado' no nosso quarto em regime de pensão completa...

 

1º dia

Fim da tarde - Desta vez, o João não veio pela Easyjet, mas sim pela Ryanair, o que o obrigou a vir de Beauvais de camionete até Porte Maillot. Sendo assim, aproveitámos o facto de estarmos tão perto do Arco do Triunfo, para o visitarmos enquanto não anoitecia.

 

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Noite - E porque Montmartre é mais giro de noite (o Moulin Rouge, os outros cabarets, e as lojas de taradices tão bem iluminadas...), acabámos por apanhar o metro (linha 2 vai lá direitinha) e ir até lá. Ainda deu para visitar o interior da Basílica de Sacré-Coeur, antes de nos metermos na RER D para regressar a Saint-Denis, onde uma bela caminha feita no chão do nosso quarto esperava o João...


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2º dia

Manhã - Acordar pela primeira vez bem cedinho em Saint-Denis, e carregar energias com um belo dum pain au chocolat, dá logo vontade de visitar tudo naquele dia, mas já que ali estávamos, nada melhor do que conhecer o centro desta vilazinha, e claro ir até à Basílica de Saint-Denis, o primeiro edifício gótico do mundo, e onde diversos reis franceses estão sepultados. 


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Saindo na estação mais central de Paris, Châtelet-Les Halles, a ideia é que o percurso a tomar a seguir vá passando no máximo possível de pontos de interesse, tendo em conta que em Paris, sobretudo nesta zona, cada rua tem interesse, mas já lá vamos (depois posto um mapa com os percursos)! Visto que queríamos começar por visitar a Île St-Louis, fomos até lá passando pela Square des Innocents, onde fica a histórica fonte renascentista com o mesmo nome, e seguindo pela Rue Berger, quase toda pedonal, é possível ainda passar pelo Centre Pompidou (que não visitámos neste dia), e depois virar logo a Sul em direcção ao Sena. Antes de chegar à marginal ainda passámos na grande praça do Hôtel-de-Ville, ainda ocupada com a grande pista de gelo.


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Caminhando sempre junto ao Sena, alcançámos então a Île St-Louis, e fizémos um percurso simples de forma a percorrer a única rua central da ilha até ao extremo Este, e regressar em direcção contrária pelos cais. Já junto à única ponte que liga a Île St-Louis à Île de la Cité, é possível contemplar o Sena a rodear as ilhas que constituem o berço da cidade de Paris. Atravessámos a ponte, também pedonal, e assistimos à beleza arquitectural da cabeceira da Catedral de Notre-Dame.


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Já na principal e histórica ilha da cidade, aproveitámos o belo jardim do Square Jean XXIII para almoçar, antes de visitarmos o interior da catedral.

Despropositadamente, este dia não podia ser mais ideal para visitar Notre-Dame, era a primeira sexta-feira do mês e isso significava poder ver finalmente a suposta coroa de espinhos de Jesus Cristo. Por outro lado isto significava outra coisa: um local sagrado a rebentar pelas costuras...


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Tarde - Num dia tão bom como este, vale sempre a pena esperar na fila para subir às torres da Catedral. As vistas falam por si...


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A última foto em cima, representa o Point Zero, o qual era utilizado para medir as distâncias de todas as cidades de França a Paris. Encontrar a marca na grande praça em frente a Notre-Dame não é propriamente fácil, mas basta procurar por uma aglomeração de 'corcundas' (nem mais!) a fotografar o chão.

De seguida aproveitámos o meio da tarde para conhecer o resto da ilha, caminhando até ao seu extremo Oeste onde o Sena se volta a unir, com uma infinidade de pontes a perder de vista...

E porque um bilhete de metro ainda é caro, e somos todos jovens saudáveis, continuámos a caminhar para Sul em direcção ao Panteão. Caminhada quase sempre em linha recta a partir de Saint-Michel, seguindo a Boulevard com o mesmo nome.


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Atravessando todo o Quartier Latin, pela Boulevard Saint-Michel, é possível passar por alguns importantes pontos de interesse como o museu da Idade Média e a mítica Universidade de Sorbonne. Já um pouco cansados (mas com a oportunidade de descansar nos belos jardins de Luxemburg), chegámos então ao monumental Panteão de Paris. Quase obrigatório para quem visita Paris, não tanto pelo facto de abrigar os túmulos das mais notáveis individualidades francesas, mas pela sua arquitectura neoclássica e decoração interior que goza literalmente com os pobres (depois de termos ido a Versalhes, esta afirmação perde alguma validade...).


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Fim da tarde - Continuando a Sul, já com recurso à RER, fomos até aos limites de Paris, mais precisamente até à Cité Universitaire, onde o nosso estatuto de universitários nos permitiu ir jantar à fantástica cantina deste gigantesco centro de acolhimento para estudantes e investigadores estrangeiros. Para nós é particularmente interessante visitar esta Cité, porque além dos edifícios estarem dispostos por país e alguns com a sua arquitectura tradicional, é fascinante ver as condições em que esta malta vive, e estuda!


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Visto irmos visitar Versalhes no dia a seguir, optámos por deitar cedo, e cedo erguer, que dá saúde e faz crescer, e então à noite não se visitou nada. Também por falar em noite, deixou aqui uma palavra de conforto àqueles que pensaram que eu ia postar as inúmeras fotos tiradas às taradices da Boulevard de Pigalle e Clichy, no 'red district' de Montmartre!

E pronto, não percam a parte 2 e 3 desta odisseia...

publicado por Nuno às 13:36

06 de Março de 2011

Não dá para falar da Praça da Bastilha sem falar do seu passado curioso, que as imagens em baixo (retiradas da net) indicam. De facto, fala-se tanto da importância desta praça para a cidade, mas na verdade, chegando hoje lá, não passa duma espécie de grande rotunda com uma monumental coluna no centro (à semelhança de outras praças em Paris), e uma ópera com uma estética moderna duvidosa...

Mas os parisienses têm de facto uma ligação especial com este local, e em determinados dias fazem questão de formar multidões pra festejar ou protestar por algo. Bastilha vem do nome dado a uma entrada para a antiga cidade que aqui tinha o seu limite, e que mais tarde se transformou numa enorme fortaleza com torres de 68 metros (primeira foto), aquando da Guerra dos Cem Anos. No fim da guerra, a Bastilha passou a servir de prisão sobretudo para os inimigos políticos e religiosos do rei, constituindo a imagem de marca da opressão vivida naqueles tempos...

No ínicio da Revolução Francesa, mais precisamente a 14 de Julho de 1789 o povo revoltado fez questão de destruir o edifício, num episódio que deixou marcas até hoje...

 

 

 

 

O 14 de Julho é festejado todos os anos, mas a actual coluna que lá existe pouco ou nada tem a ver com esta mítica data, mas já lá vamos. Diz-se que a prisão da Bastilha foi destruída porque certo dia um jornalista andou a espalhar o boato pelas ruas de Paris de que o exército real ia insurgir-se contra o povo de forma violenta, levando a que uma enorme multidão fosse buscar armas aos Invalides, e se dirigisse depois à Bastilha para buscar a pólvora. Ali, o povo, inquieto e com doses de adrenalina ao máximo, iniciou um autêntico massacre, tomando o enorme edifício que ainda tinha um fosso à volta de 25 metros, e culminou numa celebração que juntou o povo, os prisioneiros libertados e a cabeça do marquês de Launay (o director da prisão) espetada numa lança... Já com Napoleão no poder, foi ordenado que todo o edifício, ou o que sobrou dele fosse demolido. Projectou-se então para o local um gigante elefante, que chegou a ter um modelo em tamanho real mais tarde demolido, mas imortalizado na literatura por Victor Hugo. O que ficou foi mesmo a Colonne de Juillet, uma coluna em bronze com mais de 50 metros de altura, e com uma estátua no topo representando o 'Génio da Liberdade', como homenagem aos mortos dos confrontos de 1830 que estabeleceram a monarquia contitucional na França.


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Hoje a Praça da Bastilha é uma centralidade simpática remodelada recentemente, que limita a Este o bairro do Marais (entre o 4º e o 12º arrondissement), e é atravessada pelo canal St. Martin. Este canal possui um pequeno porto, o Port de l'Arsenal, entre a grande praça e o rio Sena, que possui numa das marginais um pequeno e bonito parque onde as pessoas se sentam a ler e a namorar e se abstraem da margem oposta...

A Norte da Bastilha, existem inúmeros bares e restaurantes de renome (onde já tive o prazer de tomar um belo chocolate quente), que se vão agrupando por ruas estreitas que possuem também salas de espectáculo e lojas especializadas numa espécie de continuação da representação artística do Marais. Mas o expoente máximo da zona da Bastilha é mesmo o polémico edifício da Ópera Nacional de Paris (primeira foto em cima), inaugurado no bicentenário da tomada da fortaleza, e que veio canalizar os espectáculos da velhinha e opulenta Ópera Garnier para aqui. A polémica é apenas mais um representação do conservadorismo de parte dos parisienses perante uma cidade histórica arquitecturalmente, que tem de aguentar todos os dias com a Torre Eiffel, com a torre de Montparnasse, e desde 1989 com este edifício curvo e envidraçado que domina parte duma praça que merece especial respeito. O interior da Ópera, diz-se, é uma "obra-prima da tecnologia". Que seja...


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Quase nada restou da antiga fortaleza, mas na praça, infelizmente dominada pelo automóvel em dias 'normais', um conjunto de marcas no chão indica o local das torres e das muralhas. Vale a pena procurar, e lembrar a força do povo!

publicado por Nuno às 16:33

Estudantes do Institut Français d'Urbanisme

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