20 de Junho de 2011

Esta igreja com um nome estranho fica exactamente atrás do Hôtel-de-Ville, e é o ponto de partida duma intensa incursão pelo bairro do Marais.

O facto de dedicar um post a esta igreja relativamente pequena nada tem a ver a sua fachada clássica, que é a mais antiga da cidade, mas sim pela sua intensa cor branca interior que porporciona um raro brilho quando a luz do sol bate nos vitrais...

O nome da igreja deve-se à junção dos nomes de dois soldados-mártires romanos mortos por Nero. Grandes concertos de música sacra se fazem aqui, o que juntando ao ambiente místico e iluminado da igreja, deve dar origem a grandes viagens psicadélicas...

 

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Saindo pela porta das 'trazeiras' da igreja, somos contemplados com uma pequena praça, onde o típico ambiente do Marais já se faz sentir. Belíssimas fachadas cobertas de trepadeiras, simpáticas esplanadas e longos degraus que deambulam pelas ruas estreitas adjacentes à igreja, criam a praça ideal para descontrair, beber uma cerveja e comer tremoços...


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publicado por Nuno às 23:39

Em Paris a Primavera tem uma importância cultural grande! Os eventos dedicados à despedida do Inverno multiplicam-se, e grande parte deles são exposições florais. Numa cidade com tantos parques e jardins, das duas uma: ou essas flores são espalhadas pela cidade, ou são usadas para fazer perfumes... 


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publicado por Nuno às 20:01

14 de Junho de 2011

O ponto mais central de Paris é aqui, ou pelo menos deveria ser. O Hôtel-de-Ville de Paris, mais do que a câmara municipal, é um edifício carregado de história. Em pleno 4º arrondissement, separado da Île de la Cité pelo rio Sena, e entre o bairro de Marais e de Les Halles, a sede do município da cidade possui uma belíssima e agradável praça, onde é costume haver actividades que vão desde pistas de gelo a campos de voleibol de praia! À noite as fontes da praça e a fachada do edifício iluminam-se, contrastando com o lado oposto, onde a fachada escura e uma segurança apertada simbolizada por grandes esculturas de leões mantêm o carácter elitista e inacessível do poder político.

 

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Na verdade, muito se fala dos exuberantes interiores do Hôtel-de-Ville, mas poucos são os comuns mortais que conseguem aqui entrar, excepto em dias 'especiais'. Diz-se também que o seu salão de festas é tão impressionante quanto a Sala dos Espelhos de Versalhes...

A beleza decorativa das fachadas já fala por si, no entanto o edifício que actualmente aqui existe é uma reconstrução muito fiel do anterior município que ardeu em 1871 (só as plantas interiores foram alteradas). Muitos factos horríveis aqui aconteceram, muitas revoluções, muita fúria do povo que aqui encontrou um forte refúgio político, escândalos bem recentes, e uma praça onde se realizavam enforcamentos e execuções na fogueira. Tudo passou à história...

Foi em 1533 que o rei Francisco III mandou transformar a velha casa municipal num palácio digno da importância da cidade. Na onda do Renascimento, os arquitectos Domenico Bernabei e Pierre Chambiges criaram esta magnífica obra que só foi concluída em 1628. As fotos falam por si.

 

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publicado por Nuno às 20:47

A Primavera chega e a cidade fica com uma mística completamente diferente... Os voos lowcost para a Europa são uma boa oportunidade para que qualquer um possa tomar o voo para Paris e aproveite as inúmeras actividades que todos os dias invadem os seus 20 arrondissements. A TAP por exemplo também tem boas promoções.

 

Primavera

"Grande parte dos 20 milhões de turistas que visitam a cidade todos os anos chega na Primavera. É a estação das feiras e concertos, da maratona e de temperaturas agradáveis. É também na Primavera que os hóteis oferecem pacotes especiais de fim-de-semana, incluindo por vezes entradas em museus e concertos de jazz." (guia da American Express)

 

 

 

Actividades principais:

- Exposições de Flores da Primavera nos lugares habituais, Parc Floral e jardins Bagatelle nos Bois de Paris.

- Festival Banlieues Bleues o nome diz tudo, jazz, blues, soul e funk nos subúrbios, a meados de Março.

- Salon International d'Agriculture na Paris-Expo em Porte de Versailles, e na primeira semana de Março.

- Jumping International de Paris um evento equestre no pavilhão de Paris-Bercy.

- Foire du Trône é o maior parque de diversões da cidade a seguir à Eurodisney e Parc Astérix, mas só abre em Março e Maio perto de Porte Dauphine.

- Via Sacra a procissão de sexta-feira santa que tem lugar em Montmartre.

- Bose Blue Note Festival mais jazz, funk e soul pela cidade no fim de Março.

- Festival de Shakespeare teatro ao ar livre no Bois de Boulogne.

- Maratona Internacional de Paris, desde a Place de la Concorde até à Avenue Foch.

- Foire de Paris feiras de gastronomia, bebidas, habitação, jardinagem e turismo também na Paris-Expo a fim de Abril.

- Carré Rive Gauche são mostras de antiquários perto do Louvre, a meados de Maio.

- Grandes Eaux Musicales, espectáculos de música e fogo de artíficio nos jardins de Versalhes.

 

(fotos retiradas da web)

publicado por Nuno às 17:12

06 de Junho de 2011

Raramente entro num cemitiério. E na verdade, nem é muito normal ir a um sem ser para prestar luto. Em Paris isto não se aplica lá muito. O problema nem está no facto de pelo menos 4 cemitérios em Paris (mais as catacumbas) estarem em todos os guias turísticos da cidade; o que se passa é que estes cemitérios são autênticos jardins públicos, organizados por ruas e 'arrondissements' aqui chamados de 'divisões'.

Napoleão mandou construir este para descongestionar os pequenos cemitérios que existiam dentro das antigas muralhas da cidade. Depressa se tornou o local de repouso para muitos ilustres, nomeadamente o poeta Baudelaire e Jean-Paul Sartre. Este último partilha o túmulo com a sua Simone de Beauvoir, e tal como o que acontece com o túmulo de Jim Morrison, os admiradores fazem autênticas peregrinações, deixando aqui bilhetes de metro com dedicatórias. Os dois principais símbolos do recinto são a escultura central do Anjo do Sono Eterno da autoria de Daillion (primeira foto), e um moinho do século XII que ficou do antigo terreno.

Tudo o resto são túmulos de beleza indescritível. Os mortos que me perdoem, mas tenho mesmo de mostrar estas fotos...

 

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publicado por Nuno às 19:29

Montparnasse, para muitos, é a Montmartre da margem Sul do rio Sena. Outrora um local sagrado dedicado a Apolo, deus da poesia, da música e da beleza, o monte Parnasso passou a fazer jus a estes atributos, e em inícios do século XX, era um importante centro artístico de Paris. Bares, ateliers, teatros e cabarets alimentavam a vida boémia que competia com Montmartre na outra ponta da cidade... Hoje, o antigo e o moderno dão as mãos, e descaracterizam esta zona entalada no 14º arrondissement.

Montparnasse é uma vasta área, que rodeia um dos maiores e mais importantes cemitérios da cidade. Este foi o primeiro dia dedicado a explorar as imensas e ricas avenidas que partem da praça Denfert Rochereau e vão até à Gare Montparnasse.

 

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Começando de Sudeste, demos um salto ao Observatoire de Paris (ver fotos em cima). Foi Luís XIV - quem mais poderia ser? - que mandou construir um observatório nacional para pôr termo aos pedidos de cientistas e astrónomos franceses. Foi aqui que em 1672 se descobriu a dimensão exacta do sistema solar, e em 1846 descobriu-se... ...Neptuno!

Voltando à Boulevard Raspail, passámos pela Fondation Cartier. Este centro dedicado à arte contemporânea tem uma importância acrescida devido aos seus elementos arquitectónicos interessantes! O edifício principal encontra-se 'protegido' por um enorme muro em vidro que mantém a continuidade das fachadas dos prédios adjacentes; dentro da muralha tudo pode acontecer, ou não estivéssemos nós a falar de arte contemporânea...


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Chegámos então à Boulevard Edgar Quinet, onde se situam os dois mais importantes lugares de Montparnasse: o cemitério e aquele que já foi o segundo maior arranha-céus de França, ambos com o nome da zona.

Após uma visita ao cemitério, partimos para Norte, em direcção ao Jardin du Luxembourg, para apreciar a arquitectura, tão variada e icónica, que consegue, tal como na Fondation Cartier, conjugar da melhor forma o moderno com o antigo, algo que não teve os melhores resultados no vizinho 13º arrondissement. Outro bom exemplo é a escola de hotelaria Gillaume Tirel.

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Precisamente junto a esta escola, e partindo de Raspail, existe uma rua artisticamente histórica. A Rue Campagne-Première tem grandes exemplos Art Deco, como os estúdios onde trabalharam e viveram Miró, Picasso ou Kandinsky. A rua termina na Boulevard Montparnasse, a mais importante e mais central avenida do 14º arrondissement. Populares cafés e restaurantes como La Coupole ou La Closerie des Lilas ficam aqui. Este último, devidamente abrigado por canteiros, é provavelmente dos mais exclusivos da cidade; Leline, Trotsky, Hemingway ou Scott Fitzgerald eram clientes assíduos.


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Antes de voltarmos à Avenue de l'Observatoire, que vai ter ao Luxembourg, um destaque para as esculturas que por aqui têm lugar. Nas fotos em baixo podemos ver, por ordem: a estátua do Marechal Ney, a escultura na Fontaine de l'Observatoire com 4 figuras femininas representando 4 continentes e suportadas por cavalos e golfinhos, o monumento dedicado ao médico Tarnier, conhecido sobretudo na área dos cuidados aos bebés prematuros, e por fim a escultura do artista Balzac da autoria de Rodin.

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Conhecer a zona Oeste de Montparnasse fica para outro dia.

Ficam então mais pormenores dos prédios nos arredores da Avenue de l'Observatoire.


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publicado por Nuno às 18:00

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