03 de Julho de 2012

É incrível, mas o Museu do Louvre não ocupa todo o edifício gigantesco que vai dos Jardins das Tulherias à Passerelle des Arts. A ala mais Noroeste é ocupada por outro museu, denominado oficialmente de Musée des Arts Décoratifs. Ainda assim, esta secção ocupa 5 andares e mais de 100 salas... O conceito é bastante simples: num percurso muito bem definido pela direcção do museu, acompanha-se a evolução da arte decorativa e ornamental da Idade Média até à actualidade.

 


 

Arte decorativa, sobretudo antiga, é daquelas coisas que para quem viva em Paris chega a fartar, tantos são os museus, lojas e mercados especializados nisso! Por isso, o que saltou mesmo à vista mal entrámos, foi uma grande exposição temporária dedicada à Playmobil. Sempre preferi brincar com Legos do que com Playmobil, mas esta exposição passou os limites do interessante, tantos eram os bonecos, veículos e casas que cobriam várias salas do museu...

 



 

A seguir veio porém o inevitável, peças e mais peças, ora em Arte Nouveau, ora em Art Déco, nada que já não víssemos nas antigas mansões que estão por essa cidade fora. Mas há sempre momentos de surpresa, como a colecção de bonecas de porcelana, ou objectivos muito pequenos como pentes ou jóias. Chegados ao úlitimo nível, fomos confrontados com a arte decorativa de último grito, ou de última geração por assim dizer. A evolução é no mínimo surreal, e parece não ter havido espaço para regresso ao passado. Da elaboração exagerada, passou-se à simplicidade funcional. Chamar arte a esta última é discutível...



 

Mas maravilhoso foi mesmo estar no último andar, olhar pela janela e ter uma das melhores perspectivas da cidade. De um lado, os Jardins das Tulherias a servir de repouso a centenas de pessoas que aproveitavam a tarde solarenga; do outro lado a belíssima rua de Rivoli, com as suas arcadas a conduzirem-nos num horizonte infinito que apenas termina nos arranha-céus de La Défense... Isto sim é arte...

 


publicado por Nuno às 21:50

O Palais Royal localiza-se naquela que é provavelmente a zona mais importante de Paris, e não admira que este palácio seja o centro do 1º arrondissement. Do Museu do Louvre para Norte, edifícios majestosos sucedem-se, a maior parte com papéis importantíssimos na história da cidade e do país. Mas isso agora não interessa nada, interessa sim mostrar algumas fotos dessas fachadas e interiores maginíficos. A ideia deste percurso consistiu em contornar o enorme Palais Royal pelos bairros adjacentes, começando precisamente pela Place du Palais Royal.

 

 

Nesta praça rectangular, além de servir parte do Museu do Louvre e a entrada principal do Palais Royal, serve também um importante centro comercial chamado Louvre des Antiquaires, que como o nome indica, dedica-se ao comércio de objectos de arte antiga de luxo. Aliás todo o interior deste mercado é um luxo... Caminhando para Norte pela rua Croix des Petits Champs, é impossível ficar indiferente ao edifício do Ministério da Cultura: genial cobertura em ferro dum prédio banal parisiense!

 

 

Antes de chegar à Place des Victoires, destaque ainda para o Banque de France, fundado por Napoleão em 1800, todavia esta antiga mansão desenhada por Mansart data do século XVII. Dizem que o seu interior é sumptuoso, nomeadamente a Galeria Dourada com os seus 50 metros de comprimento. Pelo medo de me cruzar com uma grande quantidade de corruptos que normalmente se encontra em instituições financeiras como esta, decidi não entrar, fica para a próxima... Quando nos aproximamos do Palais Royal, damo-nos logo conta da longa linha de prédios iguais que circunda o jardim. A Norte, as fachadas são mais individualizadas, como aquela que possui notáveis relevos em estilo árabe...


 

A Oeste do Palais Royal, existe um bairro com uma malha urbana irregular, provavelmente esquecida pelo Barão Haussmann. Ruas estreitas, prédios pequenos e antigos, e restaurantes especializados, contrastam com o monumento mais importante deste local, a Fontaine Molière. Na verdade o mais famoso dramaturgo francês, que trabalhava ali pertinho no teatro da Comédie Française, viveu por estes lados, no nº 40 da rua de Richelieu. Foi precisamente por esta rua que regressámos à Avenue de l'Opéra.

 

 

 

O cruzamento desta importante avenida com a rua Saint-Honoré, é dos mais movimentados da cidade. Aqui existem hóteis luxuosos, lojas e restaurantes chiques, mas a beleza está mesmo presente nas duas praças que ladeiam o cruzamento: a Place André Malraux e a Place du Théatre Français. Grandes árvores, belos candeeiros e fontes resumem neste canto da cidade todo o esplendor urbano de Paris. Os habituais turistas ricos, esses saem directos dos hóteis, ajudados pelos mordomos vestidos de vermelho, atravessam a rua, e entram no Louvre para ver a Mona Lisa...

 

publicado por Nuno às 21:20

Estudantes do Institut Français d'Urbanisme

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