Em 1797, Napoleão ganha uma batalha em Rivoli, e a sua paixão pelo urbanismo resulta na encomenda desta rua. A rua do Rivoli é das vias mais bem planeadas, mais bem contextualizadas, mais belas, e mais valorizadas de Paris. Os elogios não são para menos. Na verdade, esta rua liga o Marais à Place de la Concorde (3 quilómetros!), mas é o troço adjacente ao Museu do Louvre e Jardins das Tulherias que tem toda a fama merecida. De um lado, um conjunto monotonamente belo de edifícios neoclássicos com arcadas infinitas, do outro, a monumentalidade do Louvre seguido da paisagem verdejante das Tulherias, lindo...
Caminhar pelas arcadas tornou-se por isso um percurso tão apetecível pelos parisienses, que não demorou muito até que este passeio se tornasse uma enorme galeria comercial de sucesso. Além de livrarias e cafés, a vaga de turistas de voos lowcost para a Europa (pela Aigle Azur por exemplo) fez com que muitas das antigas lojas vissem a oportunidade e se especializassem em souvenirs, para que quem faça uma viagem a Paris nunca esqueça... Na nossa opinião pessoal, as melhores lojas desse tipo ficam aqui e em Montmarte...
Mas a rua de Rivoli é também história. Onde o museu se encontra com os jardins, Rivoli é interrompida pela pequena Place des Pyramids, onde uma sumptuosa estátua dourada de Joana d'Arc faz os nossos olhos se livrarem das montras. Foi aqui perto que a heroína travou uma batalha dolorosa com os ingleses em 1429, sendo por isso homenageada pelo escultor Frémiet. Hoje, é o local de referência para os apologistas da monarquia, sabe-se lá porquê... Continuando em direcção à Place de la Concorde, esta rua volta a ser interrompida pela rua de Castiglione, com uma valente perspectiva da Place Vendôme.