Já foi dito o suficiente sobre a maior praça de Paris num dos primeiros artigos que escrevi para este blog. O artigo pode ser lido aqui, e apesar da abordagem cómica, a história sobre o enorme obelisco situado no centro da praça é mesmo verdadeira. Este dia possui no entanto uma pequena novidade: finalmente deixámos de admirar a praça do terraço elevado dos Jardins das Tulherias, e decidimos atravessar a infinita sucessão de vias de trânsito para chegar ao centro do caos rodoviário. Mas tal como nós, inúmeros orientais recém casados tiravam aqui fotos, enchendo as poucas placas pedonais, e piorando o trânsito com as suas limousines.
A praça é oficialmente histórica e foi palco de tudo e mais alguma coisa relacionado com a política francesa, da qual se destaca a execução da família real e do sucesso da guilhotina durante a Revolução Francesa. Talvez por causa desse percurso, os monumentos a erigir na praça foram sendo destruídos ou desplaneados. O obelisco erigido em 1836 através de uma proeza da engenharia, foi concensual na medida em que nada tinha a ver com a história de França. A partir daí decidiu-se acompanhar tal monumento com 2 fontes impressionantemente decoradas, simbolizando o poder naval do país.
Para se perceber melhor a imensidão desta praça, coloco aqui uma foto aérea antiga, com um especial destaque para os Jardins das Tulherias à direita, para a Igreja de la Madeleine, e para a Opéra Garnier no canto superior direito. Ao contrário do que é costume em Paris, a Praça da Concórdia não possui árvores, e as vias rodoviárias são tão largas, e sem passadeiras, que as fontes e o obelisco são geralmente fotografados de longe. É pena, tendo em conta os seus pormenores magníficos.
