Havia algo essencial a fazer em Paris antes da partida: subir ao topo da Torre Eiffel. Apenas tínhamos subido ao segundo piso e por escadas. Essa cansativa visita, e variadas informações sobre o monumento mais visitado do mundo, pode ser lida neste artigo. Mas havia mesmo era que celebrar, e por isso não tivemos mãos a medir em arranjar fundos e muito tempo de espera para entrar no mítico elevador de dois andares...
Era a segunda vez que aqui vínhamos, mas o amaranhado de vigas continuava a impressionar mesmo para quem tem algumas noções de engenharia. Incrivelmente, o sistema de elevadores quase não sofreu alterações desde que o senhor Eiffel viu a sua loucura ganhar forma em 1889. Rapidez e grandes vistas só são mesmo prejudicadas pela multidão, cujo peso abana a torre de forma imperceptível.
A Torre Eiffel acabou por se tornar de tal maneira turística, que os franceses ganharam uma relação de amor-ódio com ela; contudo, nada comparável à monstruosidade arquitectónica que chocou a elite conservadora parisiense do século passado. Mas há marcas e símbolos despercebidos com que os franceses se devem orgulhar. Nomeadamente as 7 dezenas de nomes dos maiores cientistas franceses, que se encontram gravados em cada lado da torre...
Mas apesar do pequeno museu e das referências históricas, é quase impossível não passar o tempo todo a aproveitar as vistas, ainda por cima com o céu praticamente azul. O pôr-do-sol no topo da torre foi apenas o apogeu da nossa última visita a um monumento parisiense. Portanto, nada melhor do que nos despedirmos da cidade no seu ponto mais alto, pois não tarda e os 1400 serão reduzidos a uns escassos 300...