14 de Novembro de 2012

Continuação do percurso pelas margens do Canal Saint-Martin. Perto do histórico hospital St-Louis, o canal desenha uma curva; desta parte mais larga é possível ter belas perspetivas do alinhamento dos prédios brancos refletindo na água. A partir daqui, reconhecemos bem melhor a Paris esbranquiçada e as típicas fachadas coloridas dos bistrots. Após a curva, podemos ver a terceira comporta e respetiva ponte.

 

 

Antes de atravessar a ponte, existia aqui um dos locais mais usados para decapitações públicas, mas nada parece restar desses 'saudosos' tempos... O Canal Saint-Martin é também muito popular entre estudantes, que vêm para as suas margens apanhar algum sol, enrolar uns charros e por vezes almoçar. Estamos a chegar ao centro de Paris, e o canal ganha o máximo de encanto, sobretudo pela sequência de pontes metálicas...




O dia estava excelente, e as perspectivas do cume das pontes estavam melhores que nunca. Os jardins enchem-se de gente, e o canal de patos... Curiosamente poucas pessoas são turistas - e ai de mim mudar isso! O que acontece é que o canal St-Martin encontra-se numa fase semelhante ao que aconteceu com bairros como o Marais. Isto é, uma zona barata que foi atraindo jovens artistas, imigrantes empreendedores e restaurantes inovadores, e que aos poucos vão transformando o canal St-Martin no próximo lugar da moda...


 

 

Infelizmente houve alguém que achou por bem tapar o canal com praças ajardinadas, e por isso mesmo, este só voltar a ver a luz do dia no Port de l'Arsenal. A despedida faz-se por um arco de pedra que sustenta a Square Frédéric Lamaître. Na última reclusa podemos admirar o sistema de subida do nível das águas para a passagem de barcos. O sistema semelhante das barragens do rio Douro metem no entanto o canal Saint Martin num bolso...

 

publicado por Nuno às 19:30

Afinal houve tempo para antes de um exame, fazer um último grande passeio matinal por Paris. No dia seguinte um voo lowcost para o Porto esperava-nos. Trata-se do Canal St-Martin, o sobrinho mais próximo do rio Sena, e cujas margens revelam uma cidade diferente, menos monumental, mais industrial e pitoresca... Partimos da Place de Stalingrad, local recentemente renovado, para contrariar a imagem de subúrbio mal-afamado que teima em não deixar o 10º arrondissement. Apesar de uma bela praça com uma histórica portagem neoclássica, a linha de metro elevada, o trânsito e os pequenos prédios abandonados distorcem a magnífica vista sobre o canal...

 

 

Supostamente o canal St-Martin começa nas comportas existentes na praça, e corre para Sul até encontrar o Sena. O que está a Norte é o chamado Bassin de la Villette, um canal mais largo que acabará por dar origem ao canal de Saint-Denis. A Revolução Industrial sobretudo, apelou à construção destes rios artificiais por toda a Europa, de forma a que enormes barcas pudessem transportar grandes quantidades de produtos até aos centros da cidade. Não admira por isso que esta obra de Napoleão I tenha resultado em margens com imensos armazéns. Atualmente estes foram sendo convertidos em centros culturais ou habitação.

 


Infelizmente, a regeneração do canal St-Martin, pelo menos no troço Norte, continua muito lentamente, e é possível ver sem-abrigos e lixo, muito lixo nas marginais... À medida que vamos descendo pelo Quai de Jemmapes, o ambiente vai sendo alterado. As margens ganham frondosas árvores e o canal é coberto por pequenas pontes em metal, algo que já se aproxima dos badalados postais sobre St-Martin. Os esforços para avançar com a regeneração não tem mãos a medir, e nota-se a presença de edifícios recentes e importantes como o Tribunal Industrial de Paris.



Eis que surgem as comportas, os pequenos jardins e os lampiões antigos. Agora sim, o canal St-Martin dos filmes... Desta zona de eclusas, fomos até à rua Haendel, uma perpendicular ao canal que atravessa um belíssimo bairro social. Esta rua destaca-se por ser o fio condutor de uma vasta zona pedonal completamente aberta ao público, onde moram pequenos jardins, pracetas, arcos, pistas de atletismo e campos desportivos. Provavelmente será mais um bairro vítima de gentrificação... Nas últimas fotos vê-se alguns dos edifícios típicos da era industrial, em tijolo e ferro...

 

publicado por Nuno às 02:23

Estudantes do Institut Français d'Urbanisme

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