A Vânia fez anos, e para comemorar planeámos subir pela primeira vez à Torre Eiffel, o seu monumento favorito... e de mais uns biliões de pessoas também! Mas a época era provavelmente a menos turística do ano, o céu sempre muito cinzento, e tínhamos boas probabilidades de conseguir subir à torre sem esperar muito, portanto, há que aproveitar ao máximo este dia...
Fomos direitinhos ao centro do centro de Paris, em pleno bairro 'medieval' de St-Michel. Depois dum belo almoço numa esplanada da estreitíssima e pitoresca Rue de la Huchette, marcado por uma longa conversa com um senhor português muito orgulhoso que trabalhava nas encomendas para o restaurante, arredámos pé em direcção ao Oeste!
Sempre junto ao Sena, pelo Quai des Grands Augustins e pelo Quai de Conti, uns dos cais de Paris com as melhores vistas sobre o cena e sobre a outra margem, donde se destaca a Île de la Cité. Já nesta margem, o destaque o vai para o Museu da Moeda, e para o Institut de France, o edifício-sede da Academia Francesa, onde entre muitos feitos supostamente ilustres, criou-se o dicionário oficial de língua francesa, e ainda hoje, é aqui que ele vai sendo actualizado... Mesmo em frente ao Institut de France, e à sua magnífica cúpula, está a mítica ponte pedonal Passarelle des Arts (ou Pont des Arts), ponte já bem conhecida por nós, que a escolhemos sempre quando é para atravessar o Sena no centro do centro de Paris. É a ponte "dos filmes, dos vídeoclips, dos anúncios a perfumes, das promessas de amor..."
Do outro lado esperava-nos o Louvre...
Desta vez o passeio fez-se pela Rue do Rivoli, junto ao Louvre pelo lado Norte. Rua dos hóteis chiques, com as suas infinitas arcadas, do lado oposto ao Jardim des Tuileries. Era para lá que queríamos ir, onde uma roda gigante temporária (gigante mas aos calcanhares do London Eye!), nos esperava na Place de la Concorde. O céu não estava grande coisa, e ainda queríamos subir à Torre Eiffel de dia, tivemos de deixar a roda gigante para outro dia! Vamo-nos arrepender...
A caminhada ainda nem ia a meio, e a nossa teimosia não nos permitia ir de metro, a calma presente nas ruas fazia-nos caminhar mais e mais, como se Paris fosse só nosso naquele dia. Junto ao Sena outra vez, pelo Cours la Reine, já avistávamos a cúpula do Palácio des Invalides, em frente à Torre Eiffel, mas era os tons dourados da mais bela ponte de Paris que saltavam à vista. Sem dúvida que tínhamos de passar por ali!
Eis a impressionante ponte Alexandre III. O contexo arquitectónico já é de si espectacular, liga a Norte o complexo do Petit e do Grand Palais (penúltima foto em cima), e a Sul a Esplanade des Invalides, um imenso tapete verdejante em frente ao enorme Palácio des Invalides. Alexandre III foi o Czar responsável pela aliança entre a Rússia e a França em 1892, mas foi o seu filho, Nicolau II, que iniciou a construção da ponte 4 anos depois. Um grande feito de engenharia na época, devido ao facto de a ponte ter apenas um arco em aço a 6 metros de altura, que suporta toda a exuberante decoração. Todo o projecto da ponte teve também em conta as panorâmicas em redor, o que dá a esta zona um ar deslumbrante, luxuoso, e monumental... Voltaremos cá para postar mais fotos desta magnífica ponte...
Fim de Novembro, anoitece cedo, e a Torre Eiffel ainda esperava por nós. Depois de irmos ao Starbucks carregar baterias (metaforicamente e literalmente também, pois a máquina fotográfica não tem descanso), entrámos nos densos quarteirões do 7º arrondissement. Parecia estarmos perdidos, e de facto estávamos, mas uma coisa era certa: todos os caminhos teriam de dar ao monstro de ferro que se sobrepunha nos telhados dos prédios...
Estamos quase lá...