04 de Janeiro de 2011

Era uma daquelas tardes da semana em que não tive aulas, e estando sozinho fiz aquilo que qualquer um pode fazer numa cidade como Paris, sair aleatoriamente numa estação de metro, e esperar que algo fascinante nos apareça à frente! Foi o que aconteceu...

Não muito longe da Torre Eiffel, no coração do grande 7ª arrondissement, fica o gigantesco Hôtel des Invalides. Iniciado em 1670 pelo rei Luís XIV, tinha a grande função de albergar e cuidar dos 'inválidos' da guerra.

 

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De um enorme hospital militar, passou a um monumento de tributo militar. Provavelmente é hoje o maior e mais importante monumento francês dedicado à maior futilidade da História... Futilidade ou não, em qualquer canto deste complexo arquitectónico está bem presente o orgulho bélico, sobretudo pela quantidade de canhões espalhada por todo o lado!

Entrando pelo lado Norte, depois de uma caminhada pela esplanada dos Invalides, que não é mais que um imenso relvado que liga o complexo ao rio Sena e à exuberante Ponte Alexandre III, pode-se ter uma noção da monumentalidade presente em cada espaço. É um autêntico palácio isolado do resto da cidade por grandes jardins em redor... Diz-se que aqui os militares inválidos e reformados encontrariam o descanso merecido, depois de terem defendido a 'nação' (essa palavra "que os chefes trazem e usam para esconder a razão").

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Em cima podemos ver fotos do Pátio de Honra (Cour d'Honneur), que é apenas o pátio maior e central de entre outros 14! É deste local que podemos aceder aos diversos museus, que ocupam a maior parte do complexo, embora a função de acolher soldados ainda esteja activa. Se continuarmos para Sul, em direcção à estátua de Napoleão (que está no segundo piso), iremos ter à capela (não pensem que capela significa igreja pequena), e ao Dôme des Invalides...

Aparentemente todos os museus estavam fechados, e eu parecia ser o único a caminhar por um palácio estranhamente silencioso que parecia em tudo assombrado, tal é a quantidade de referências e homenagens a soldados e generais mortos na guerra. Na verdade todo o Hôtel é um museu gigante, pois cada corredor, cada hall, e cada sala, além de canhões, possuem inúmeras placas, estátuas, e outros instrumentos bélicos como antigos tanques...

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Depois de umas horas a vaguear pelos corredores do Hôtel, acabo por atravessá-lo duma ponta à outra, até ao belo Dôme des Invalides, uma espécie de Panteão militar construído em anexo à capela de St-Louis-des-Invalides, ficando esta literalmente entalada, sem qualquer fachada visível. Ambas as igrejas já estavam fechadas, mas por fora é impossível ficar indiferente à cúpula dourada, que demorou 27 anos a ser construída! É exactamente por baixo da cúpula, na cripta, que se encontram os restos mortais de Napoleão...


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Fica a promessa de cá voltar, e de postar fotos do interior do Dôme, e dos museus.

Para se ter uma melhor noção das dimensões, fica então aí uma foto aérea do Hôtel des Invalides. Curioso ver a espectacular integração urbanística do mesmo, que apesar do isolamento típico dum palácio de Versalhes, consegue que a cúpula seja vista de todas as avenidas que ali convergem...

 

publicado por Nuno às 22:25

Estudantes do Institut Français d'Urbanisme

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