Raramente entro num cemitiério. E na verdade, nem é muito normal ir a um sem ser para prestar luto. Em Paris isto não se aplica lá muito. O problema nem está no facto de pelo menos 4 cemitérios em Paris (mais as catacumbas) estarem em todos os guias turísticos da cidade; o que se passa é que estes cemitérios são autênticos jardins públicos, organizados por ruas e 'arrondissements' aqui chamados de 'divisões'.
Napoleão mandou construir este para descongestionar os pequenos cemitérios que existiam dentro das antigas muralhas da cidade. Depressa se tornou o local de repouso para muitos ilustres, nomeadamente o poeta Baudelaire e Jean-Paul Sartre. Este último partilha o túmulo com a sua Simone de Beauvoir, e tal como o que acontece com o túmulo de Jim Morrison, os admiradores fazem autênticas peregrinações, deixando aqui bilhetes de metro com dedicatórias. Os dois principais símbolos do recinto são a escultura central do Anjo do Sono Eterno da autoria de Daillion (primeira foto), e um moinho do século XII que ficou do antigo terreno.
Tudo o resto são túmulos de beleza indescritível. Os mortos que me perdoem, mas tenho mesmo de mostrar estas fotos...