Este é o último dia no Marais, mais passado na parte Norte, e onde fica a maior parte dos museus e galerias. Sobre este bairro mítico já falei aqui e aqui, portanto ficam apenas as fotos tiradas das ruas mais carismáticas, nomeadamente a Rue des Francs-Bourgeois...
Esta rua liga a Rue des Archives à Place des Vosges, contendo as entradas para os mais importantes Hôtels como o Soubise ou o Carnavalet. Por isso não admira, que, apesar de estreita, seja a via com mais movimento e mais efervescência cultural. Neste dia, o destaque vai para uma exposição de carros e motas antigas, desde minis a vespas, que deixaram a rua completamente congestionada!
O nome Francs-Bourgeois tem origem no termo 'francs' que se referem àqueles que não pagam impostos. Alguns dos edifícios que aqui se encontram ainda mantêm a má imagem devido a antigas actividades financeiras ilegais, mas hoje o que interessa mesmo são as peculiares fachadas, algumas da época medieval. Apesar das ruas serem quase todas estreitas e mesmo assim abertas ao tráfego automóvel, não impedem as típicas esplanadas parisienses, nem exposições de arte ao ar livre...
É uma zona densa, mas podemos encontrar alguns belos jardins, assim como logradouros tranformados em parques públicos acessíveis por pequenos espaços entre as fachadas dos prédios. Um dos parques fica junto à pequena igreja de Notre-Dame-des-Blancs-Manteaux, que tem um fantástico púlpito do século XVIII em estilo rococó.
Deixando os parques, fomos caminhando em direcção ao Hôtel-de-Ville. As ruas começam a alargar, e os edifícios a ficarem mais altos; estamos a voltar ao típico ambiente urbano de Paris, e ficamos com a certeza de que o Marais é mesmo um mundo à parte.
Antes do fim do passeio, destaque para a visita ao mais antigo claustro da cidade. O Cloître des Billettes, de 1427, é pequeno e a igreja adjacente não é nada demais, por isso o espaço é hoje dedicado a pequenas exposições, mas vale a pena visitar, sem dúvida...