Há sempre alguma coisa para dizer sobre Versalhes, quando há adjectivos para isso, mas o 'pior', é que há sempre algo mais para visitar em Versalhes. A razão de voltarmos aqui foi porque a Vânia ainda não tinha cá vindo, e quisemos mostrar à nossa visita destes dias o que de melhor e mais monstruoso a França conseguiu construir. O artigo sobre a minha primeira visita ao recinto real está documentada aqui, com diversas informações sobre a construção e os fins de um dos maiores palácios do mundo, fruto dos desvaneios luxuosos do rei Luís XIV.
Contudo, da primeira visita restou conhecer 3 dos maiores símbolos do palácio: o lago, a capela, e a mítica Galeria dos Espelhos. Conhecer o lago implicava obviamente um passeio de barco... Ora não só conseguimos flutuar em metade do Grand Canal em 1 hora (ver mapa do recinto clicando aqui), como fizémos questão de almoçar a minha espectacular massa de chouriço no centro do lago, enquanto a Vânia tentava equilibrar a pequena embarcação sem muito sucesso... A tarde foi passada no interior do palácio principal e agora sim, tempo para conhecer as duas pérolas arquitectónicas e decorativas de Versalhes... Fotos primeiro:
As primeiras fotos são da capela. O que nós entendemos por capela é normalmente uma igreja simples e pequena. Aqui é uma espaçosa obra-prima barroca em tons brancos e dourados, local do casamento de Luís XVI com Maria Antonieta. Na verdade esta é a quinta capela e última construída no palácio, numa espécie de apogeu máximo de decoração do século XVIII. Quanto à Galeria dos Espelhos, as fotos não são perceptíveis, mas quem lá for sabe o valor que cada centímetro quadrado deverá ter. Aliás, naquela altura os espelhos eram um luxo e algo complicado de produzir, mas nada que o poder real não pudesse resolver. Trabalhadores vindos de Veneza instalam-se na fábrica dos Gobelins e produzem os 17 espelhos correspondentes às 17 janelas deste salão que servia apenas como hall dos quartos... O resto é escultura e pintura, tudo em tons dourados, e de homenagem aos reis de França... Das janelas vê-se apenas os jardins de 700 hectares!